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Antineoplásico/ Imunomodulador
DAUNORRUBICINA

Evoclass 20mg injetável​ frasco ampola 

MEDICAMENTO DE ALTA VIGILÂNCIA (MAVi)

Posologia

​Consultar os protocolos individuais por doença.

Dose cumulativa não deve exceder 550 mg/m² em adultos sem fatores de risco para cardiotoxicidade e não exceder 400 mg/m2 em adultos recebendo irradiação torácica.

POTENCIAL EMETOGÊNICO

  • Moderado (30 - 90%)

PRÉ-MEDICAÇÃO

  • D1: ondansetrona 8 - 16 mg (máx. 32 mg/dia), IV, ou 16 – 24 mg, VO, ou palonosetrona 0,25 mg, IV, ou granisetrona 2 mg, VO ou 0,01 mg/kg (máx. 1 mg), IV e dexametasona 12 mg, IV.
  • D2 e D3: ondansentrona ou granisetrona (idem Posologia D1) ou dexametasona 8 mg, VO.
  • Opcional: aprepitanto 125 mg, VO, no D1 e 80 mg, VO no D2 e D3. Lorazepam 0,5 - 2 mg, VO, a cada 4 ou 6 horas, s/n, D1 a D4. Omeprazol ou ranitidina, VO.

PREPARO/ADMINISTRAÇÃO

  • Reconstituição: Reconstituir o frasco com o diluente próprio ou com 10 mL de SF (2 mg/mL).
  • Estabilidade: O produto deve ser usado dentro de 24 horas após a primeira perfuração do batoque de borracha. Após reconstituição é estável por 24 horas TA ou 48 horas 4 - 10ºC.
  • Tempo de Infusão: Administrar rapidamente pelo tubo de borracha do equipo de infusão IV de SF ou SG 5% para evitar extravasamento. A duração da infusão pode variar de 2 - 3 minutos até 30 - 45 minutos.

POTENCIAL VESICANTE/IRRITANTE

  • Pode ser vesicante. Nunca administrar IM ou subcutâneo.

Nota: para evitar extravasamento, lavar com 5 - 10 mL SF antes e depois da administração da droga.

Ajuste Renal
  • Se creatinina sérica estiver maior que 3 mg/dL: A dose de daunorrubicina deve ser reduzida pela metade.
  • Clinicamente, são adotados alguns protocolos onde crianças com CLcr < 30 mL/minuto ou em hemodiálise/diálise peritoneal devem ter a metade da dose administrada.
  • Em adultos, o ajuste de dose não é necessário (Aronoff, 2007).
Alerta

SINÔNIMOS

  • Cloridrato de daunorrubicina, daunomicina.

INDICAÇÕES

  • Leucemia aguda (linfocítica, mielocítica e eritrocitária). Carcinomas: tumores sólidos de crianças, tais como neuroblastoma, linfomas, linfoma-não-Hodgkin.

REAÇÕES ADVERSAS

>10%

  • Cardíaca: cardiomiopatia (clinicamente manifestada por dispneia, cianose, edema gravitacional - periférico e cardíaco -, hepatomegalia, ascite, efusão pleural e insuficiência cardíaca congestiva, fibrose endomiocárdica, isquemia miocárdica (angina) e infarto do miocárdio, piriocardite/ miocardite, taquiarritmias supraventricular, tais como taquicardia sinusal, contrações ventriculares prematuras, bloqueio cardíaco;
  • Dermatológicas: alopecia reversível;
  • Gastrointestinal: náuseas ou vômitos, estomatite;
  • Genitourinário: alteração da cor da urina (vermelha);
  • Hematológica: mielossupressão, leucopenia, trombocitopenia e anemia.

1 a 10%

  • Dermatológica: dermatite de contato, eritema, hipersensibilidade à pele irradiada, prurido, rash, hiperpigmentação da pele e unhas, urticária;
  • Endócrina e metabólica: hiperuricemia;
  • Gastrointestinal: dor abdominal, úlcera gastrointestinal, diarreia.

<1%

  • Reação anafilactoide, aumento de bilirrubina, hepatite, infertilidade; local (celulite, dor, tromboflebite no local da injeção); miocardite, pericardite, leucemia secundária, rash cutâneo, esterilidade, hipersensibilidade sistêmica (incluindo urticária, prurido, angioedema, disfagia, dispneia); aumento das transaminases.

INTERAÇÕES MEDICAMENTOSAS

  • Bevacizumabe pode aumentar o efeito cardiotóxico dos agentes antineoplásicos (antraciclina), monitorar terapia.
  • Derivados de taxanos podem aumentar a concentração sérica das antraciclinas. Derivados dos taxanos podem aumentar a formação de metabólitos tóxicos das antraciclinas no tecido cardíaco; considerar modificação da terapia.
  • Trastuzumabe pode aumentar o efeito cardiotóxico das antraciclinas e, por isso, deve-se considerar modificação da terapia.

MONITORIZAÇÃO

  • Evitar uso de etanol devido à irritação gástrica.

AJUSTE DE DOSE EM INSUFICIÊNCIA HEPÁTICA

São recomendadas reduções de dose em pacientes com os seguintes valores bioquímicos:

  • Bilirrubina sérica 1,2 a 3 mg/dL: administrar 50% da dose.
  • Bilirrubina sérica >3 mg/dL: administrar 75% da dose.

Os seguintes guidelines podem ser usados (Floyd, 2006):

  • Bilirrubina sérica 1,2 a 3 mg/dL: administrar 75% da dose.
  • Bilirrubina sérica 3 a 5 mg/dL: administrar 50% da dose.
  • Bilirrubina sérica >5 mg/dL: não deve ser administrada.

CONDUTA NUTRICIONAL

  • Náuseas e vômitos: Evitar consumir líquidos durante as refeições; não ficar próximo da área do preparo de alimentos; preferir alimentos gelados e/ou em temperatura ambiente e de fácil digestão; ingerir líquidos em pequena quantidade, várias vezes por dia (atenção à hidratação).
  • Estomatite: Evitar os alimentos ácidos, picantes, crocantes, duros, cortantes ou que possam machucar a mucosa; preferir alimentos macios e, se houver necessidade de alteração na consistência, utilizar alimentos pastosos ou líquidos.
  • Não consumir alimentos em temperaturas extremas (muito quente ou muito fria) e bebidas com gás ou alcoólicas. Se necessário, incluir complemento nutricional hipercalórico e hiperprotéico.
  • Anemia: Aumentar o consumo de alimentos de origem animal, fontes de ferro como: carnes bovinas, aves, peixes e fígado de boi ou de galinha. Ingerir também alimentos vegetais, fontes de ferro como: leguminosas, frutas secas, vegetais de cor verde escuro. Evitar consumir, ao mesmo momento, outros alimentos que prejudiquem a absorção de ferro, como por exemplo: chá preto, café, farelo de trigo, chocolate e alimentos ricos em cálcio (leite e derivados). Consumir alimentos ricos em vitamina C (laranja, limão, abacaxi, acerola e kiwi) pois auxiliam na absorção do ferro de alimentos de origem vegetal.

 

Última atualização: 24/08/2024
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