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Antineoplásico/ Imunomodulador
DOCETAXEL

Docelibbs 20mg injetável (frasco ampola 0,5mL)

Docelibbs 80mg injetável (frasco ampola 2mL)

MEDICAMENTO DE ALTA VIGILÂNCIA (MAVi)

Posologia

Consultar os protocolos individuais por doença

POTENCIAL EMETOGÊNICO

  • Baixo (10 - 30%)

PRÉ-MEDICAÇÃO

  • Dexametasona 8 - 12 mg, VO ou IV, em cada dia do ciclo ou metoclopramida 10 - 20 mg, VO ou IV, a cada 6 horas.
  • Opcional: lorazepam 0,5 - 2 mg, VO, a cada 4 ou 6 horas, s/n, D1 a D4 e omeprazol ou ranitidina.
  • Monitorizar reações distônicas; usar difenidramina 25 - 50 mg, VO ou IV, a cada 4 - 6 horas para reações distônicas.

PREPARO/ADMINISTRAÇÃO

  • Quando refrigerados, os frascos devem ser deixados em temperatura ambiente por aproximadamente 5 minutos antes do uso.

DOCELIBBS:

  • Reconstituição: 20mg: 1,5 mL solução alcoólica 13% e 80mg: 6 mL solução alcoólica 13%.
  • Diluição: 250 mL de SF ou SG 5% para concentração final de 40 mg/mL.
  • Tempo de Infusão: Ao longo de 1 hora através de um equipo não absorvente (não dietilexilftalato);
  • Estabilidade: Após diluição no frasco é de 8 horas TA.
  • Incompatível com PVC.

TAXOTERE:

  • Diluição: Com diluente próprio (etanol-água a 13% p/p) até a concentração final de 20 mg/mL.
  • Diluição: 250 - 1000 mL de SF ou SG 5% para concentração final de 0,3 - 0,9 mg/mL (embora o fabricante recomende uma concentração final de 0,3 - 0,74 mg/mL), utilizando recipientes livres de dietilexilftalato (p. ex., vidro, polipropileno, poliolefina).
  • Tempo de Infusão: Ao longo de 1 hora através de um equipo não absorvente (não dietilexilftalato); não há necessidade de filtro in-line.
  • Estabilidade: Após diluição no frasco é de 8 horas TA ou 48h SR.
  • Incompatível com PVC.

 POTENCIAL VESICANTE/IRRITANTE

  • Não. Pode ser irritante.
Ajuste Renal
  • ​O docetaxel possui excreção renal mínima e, portanto, podem não ser necessários ajustes da dose para a disfunção renal.
Alerta

REAÇÕES ADVERSAS

Porcentagens relatadas para a monoterapia com docetaxel; a frequência pode variar conforme o diagnóstico, a dose, a função hepática, o tratamento anterior e a pré-medicação. Geralmente, a incidência de efeitos adversos foi maior em pacientes com provas de função hepática elevadas.

> 10%

  • Cardiovasculares: retenção hídrica (dose-dependente);
  • Dermatológicas: alopecia, eventos cutâneos, distúrbios ungueais;
  • Gastrointestinais: estomatite, diarreia, náusea, vômito;
  • Hematológicas: neutropenia (dose-dependente), leucopenia, (dose-dependente), trombocitopenia (dose-dependente), neutropenia febril (dose-dependente);
  • Hepáticas: aumento de transaminases;
  • Neuromusculares e esqueléticas: fraqueza, mialgia;
  • Respiratórias: eventos pulmonares;
  • SNC: eventos neurossensoriais, incluindo neuropatia, febre, eventos neuromotores;
  • Miscelânea: infecção (dose-dependente), hipersensibilidade (com pré-medicação).

1 a 10%

  • Cardiovasculares: redução da fração de ejeção ventricular esquerda hipotensão arterial;
  • Dermatológicas: rash cutâneo ou eritema;
  • Gastrointestinais: alteração do paladar;
  • Hepáticas: aumento de bilirrubinas, aumento da fosfatase alcalina;
  • Locais: reações no local da infusão (incluindo hiperpigmentação, inflamação, hiperemia, ressecamento, flebite, extravasamento, edema venal);
  • Neuromusculares e esqueléticas: artralgia;
  • Oculares: epífora associada à estenose canalicular.

< 1% (limitadas a reações importantes ou potencialmente letais)

  • Angina, angina instável, anormalidades eletrocardiográficas, ascite, choque anafilático, broncoespasmo, coagulação intravascular disseminada (CIVD), colite, colite isquêmica, conjuntivite, constipação, constrição torácica, crises convulsivas, derrame pleural, desidratação, dispneia, disritmia, distúrbios visuais (passageiros), dor, dor abdominal, dor torácica, edema pulmonar, embolia pulmonar, enterocolite neutropênica, episódios hemorrágicos, eritema multiforme, esofagite, febre medicamentosa, fibrilação atrial, fibrose pulmonar, flutter atrial, hemorragia GI, hepatite, hipersensibilidade à pele irradiada, hipertensão arterial, íleo paralítico, infarto do miocárdio, insuficiência cardíaca, insuficiência múltipla de órgãos, insuficiência renal, leucemia mieloide aguda, lúpus eritematoso cutâneo, necrólise epidérmica tóxica, obstrução do canal lacrimal, obstrução GI, ototoxicidade, perda auditiva, perda de consciência (passageira), perfuração GI, pneumonia decorrente da radiação, pneumonia intersticial, prurido, sepse, síncope, síndrome da angústia respiratória aguda, síndrome de Stevens- Johnson, síndrome mão-pé, síndrome mielodisplásica, tamponamento cardíaco, taquicardia, taquicardia sinusal, tromboflebite, trombose venosa profunda, úlcera duodenal.

INTERAÇÕES MEDICAMENTOSAS

  • Evitar uso concomitante de docetaxel com natalizumabe e vacinas (vírus vivos).
  • O docetaxel pode aumentar os níveis e efeitos de agentes antineoplásicos antracíclicos, natalizumabe e vacinas (vírus vivos). Os níveis e efeitos de docetaxel podem ser aumentados por agentes antifúngicos, como derivados azólicos e sistêmicos, dasatinibe, derivados da platina, inibidores fortes e moderados da CYP3A4, inibidores da glicoproteína P e trastuzumabe.
  • O docetaxel pode reduzir os níveis e efeitos de vacinas de vírus inativados. Os níveis e efeitos de docetaxel podem ser reduzidos por deferasirox, equinácea e fitoterápicos indutores da CYP3A4, fármacos indutores fortes da CYP3A4 e indutores da glicoproteína P. Evitar uso de etanol devido à irritação GI.
  • Evitar uso de erva-de-são-joão devido à diminuição dos níveis de docetaxel.

AJUSTE DA DOSE NA TOXICIDADE

Nota: a toxicidade inclui neutropenia febril, neutrófilos ≤ 500/mm³ por mais de 1 semana, reações cutâneas graves ou cumulativas; no câncer pulmonar de células não-pequenas, também pode incluir outras toxicidades não-hematológicas de grau 3 ou 4.

  • Câncer de mama: pacientes com dose inicial de 100 mg/m²; reduzi-la para 75 mg/m². Quando o paciente continua a apresentar reações adversas, a dose deve ser reduzida para 55 mg/m2 ou a terapia deve ser suspensa.
  • Câncer de mama, tratamento adjuvante: O esquema TAC deve ser administrado quando a contagem de neutrófilos for ≥ 1.500 células/mm³. Pacientes que apresentam neutropenia devem receber G-CSF em todos os ciclos subsequentes. Pacientes que continuam a apresentar neutropenia febril ou que apresentam reações cutâneas graves ou cumulativas, ou efeitos neurossensoriais moderados (sinais e sintomas) devem receber uma dose reduzida (60 mg/m²) de docetaxel. Pacientes que apresentam estomatite de grau 3 ou 4 também devem receber uma dose reduzida (60 mg/m²) de docetaxel. Suspender a terapia em pacientes que continuam a apresentar essas reações após redução da dose.
  • Câncer pulmonar de células não-pequenas: monoterapia: pacientes com dose inicial de 75 mg/m² devem fazer uso do medicamento até haver resolução da toxicidade; em seguida, reiniciar com 55 mg/m²; suspender o medicamento em pacientes que apresentam neuropatia periférica de grau ≥ 3.
  • Terapia combinada: pacientes com dose inicial de 75 mg/m² devem ter a dose de docetaxel reduzida para 65 mg/m² nos ciclos subsequentes; se outro ajuste for necessário, a dose pode ser reduzida para 50 mg/m².
  • Câncer de próstata: Reduzir a dose para 60 mg/m²; suspender a terapia se as reações adversas persistirem com a dose menor.
  • Câncer gástrico, câncer de cabeça e pescoço: A cisplatina pode exigir reduções da dose/retardamento da terapia para neuropatia periférica, ototoxicidade e/ou nefrotoxicidade. Pacientes que apresentam neutropenia febril, infecção documentada com neutropenia ou neutropenia > 7 dias devem receber filgrastim em todos os ciclos subsequentes. Para complicações neutropênicas, em vez de utilizar filgrastim, reduzir a dose para 60 mg/m². Para complicações neutropênicas em ciclos subsequentes, reduzir mais a dose, para 45 mg/m². Pacientes que apresentam trombocitopenia grau 4 devem ter a dose reduzida de 75 mg/m² para 60 mg/m². Suspender a terapia caso haja toxicidades persistentes.

Toxicidade GI para o docetaxel em combinação com cisplatina e fluoruracila para o tratamento de câncer gástrico e câncer de cabeça e pescoço

Diarreia, grau 3

  • Primeiro episódio: reduzir a dose de fluoruracila em 20%.
  • Segundo episódio: reduzir a dose de docetaxel em 20%.

Diarreia, grau 4

  • Primeiro episódio: reduzir as doses de docetaxel e fluoruracila em 20%.

Segundo episódio: suspender o tratamento.

Estomatite, grau 3

  • Primeiro episódio: reduzir a dose de fluoruracila em 20%.
  • Segundo episódio: suspender a fluoruracila em todos os ciclos subsequentes.
  • Terceiro episódio: reduzir a dose de docetaxel em 20%.

Estomatite, grau 4

  • Primeiro episódio: suspender a fluoruracila em todos os ciclos subsequentes.
  • Segundo episódio: reduzir a dose de docetaxel em 20%.

AJUSTE DA DOSE EM INSUFICIÊNCIA HEPÁTICA

  • Bilirrubinas totais superiores ao limite normal superior ou AST/ALT 1,5 vezes maior que o limite normal superior concomitante com fosfatase alcalina 2,5 vezes maior que o limite superior normal: o docetaxel não deve ser administrado.

Ajuste específico para o tratamento do adenocarcinoma gástrico:

  • AST/ALT > 2,5 até ≤ 5 vezes o limite normal superior e fosfatase alcalina ≤ 2,5 vezes o limite normal superior: reduzir a dose de docetaxel em 20%.
  • AST/ALT > 1,5 a ≤ 5 vezes o limite normal superior e fosfatase alcalina > 2,5 até ≤ 5 vezes o limite normal superior: reduzir a dose de docetaxel em 20%.
  • AST/ALT > 5 vezes o limite normal superior e/ou fosfatase alcalina > 5 vezes o limite normal superior: suspender o docetaxel.

MONITORIZAÇÃO

  • Hemograma completo com contagem diferencial, provas de função hepática, bilirrubinas, fosfatase alcalina,
  • Função renal;
  • Monitorizar a ocorrência de reações de hipersensibilidade, retenção hídrica, epífora e estenose canalicular.

Nota: É recomendada a pré-medicação com corticosteroides durante 1 – 5 dias, iniciando-se um dia antes da administração de docetaxel para prevenir reações de hipersensibilidade e edema pulmonar/periférico (ver Informações Adicionais).

Informações Adicionais
  • A pré-medicação com corticosteroides orais é recomendada para diminuir a incidência e a gravidade da retenção hídrica e a gravidade de reações de hipersensibilidade. Geralmente recomenda-se 8 - 10 mg de dexametasona 2 vezes/ dia por 3 - 5 dias, com início 1 dia antes do docetaxel. Quando a prednisona também é administrada como parte do esquema antineoplásico (p. ex., câncer de próstata), a prednisona é por vezes suspensa nos dias em que é administrada a dexametasona.

CONDUTA NUTRICIONAL

  • Estomatite: evitar os alimentos ácidos, picantes, crocantes, duros, cortantes ou que possam machucar a mucosa; preferir alimentos macios e, se houver necessidade de alteração na consistência, utilizar alimentos pastosos ou líquidos. Não consumir alimentos em temperaturas extremas (muito quente ou muito fria) e bebidas com gás ou alcoólicas. Se necessário, incluir complemento nutricional hipercalórico e hiperprotéico.
  • Diarreia: evitar consumir leites e derivados, frutas e sucos de frutas laxativas, alimentos que contenham grãos ou farinhas integrais, leguminosas e verduras (como: brócolis, couve-flor, couve, alface). Estimular a ingestão de líquidos para evitar a desidratação.
  • Náuseas e vômitos: evitar consumir líquidos durante as refeições; não ficar próximo da área do preparo de alimentos; preferir alimentos gelados e/ou em temperatura ambiente e de fácil digestão; ingerir líquidos em pequena quantidade, várias vezes por dia (atenção à hidratação).
  • Neutropenia: redobrar a atenção à higienização e no preparo dos alimentos para evitar infecções; lavar frutas e hortaliças em água corrente e colocá-las em imersão em solução desinfetante com hipoclorito; evitar alimentos mal cozidos ou mal passados. Em alguns casos será necessário restringir alimentos crus (consultar seu médico e/ou nutricionista).
Última atualização: 24/08/2024
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