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Antineoplásico/ Imunomodulador
SORAFENIBE

Nexavar 200mg comprimido revestido

MEDICAMENTO DE ALTA VIGILÂNCIA (MAVi)

Atenção: Contém óxido de ferro vermelho

Posologia

Consultar os protocolos individuais por doença

POTENCIAL EMETOGÊNICO

  • Mínimo a baixo.

PRÉ-MEDICAÇÃO

Se necessário:

  • Metoclopramida 10 - 20 mg, VO, a cada 6 horas, s/n.
  • Opcional: lorazepam 0,5 - 2 mg, VO, a cada 4 ou 6 horas, s/n e omeprazol ou ranitidina.
  • Monitorizar reações distônicas; usar difenidramina 25 - 50 mg, VO ou IV, a cada 4 - 6 horas para reações distônicas.

PREPARO/ADMINISTRAÇÃO

  • Administrar com o estômago vazio (de 1 a 2 horas antes das refeições).
  • Estabilidade: armazenar em TA.

 

Ajuste Renal
  • ​Nenhum ajuste da dose é necessário para o comprometimento renal leve, moderado ou grave (independente de diálise); não foi estudado em pacientes sob diálise.
Alerta

SINÔNIMOS

  • Tosilato de sorafenibe.

INDICAÇÃO

  • Tratamento de câncer renal avançado e câncer hepatocelular iressecável.

REAÇÕES ADVERSAS

> 10%

  • Cardiovasculares: hipertensão arterial;
  • Dermatológicas: rash cutâneo e/ou descamação, síndrome mão-pé, alopecia, prurido, ressecamento da pele, eritema;
  • Endócrinas e metabólicas: hipoalbuminemia, hipofosfatemia;
  • Gastrointestinais: diarreia, aumento da lipase (geralmente passageira), aumento da amilase (geralmente passageira), dor abdominal, perda de peso, anorexia, náusea, vômito, constipação;
  • Hematológicas: linfopenia, trombocitopenia, aumento de INR, neutropenia, hemorragia, leucopenia;
  • Hepáticas: disfunção hepática;
  • Neuromusculares e esqueléticas: fraqueza, mialgia;
  • Respiratórias: dispneia, tosse;
  • SNC: fadiga, neuropatia, dor.

1 a 10%

  • Cardiovasculares: isquemia e/ou infarto cardíaco, rubor;
  • Dermatológicas: acne, dermatite esfoliativa;
  • Gastrointestinais: aumento do apetite, disfagia, dispepsia, estomatite, glossodinia, mucosite, xerostomia;
  • Geniturinárias: disfunção erétil;
  • Hepáticas: aumento de transaminases (passageiro);
  • Neuromusculares e esqueléticas: artralgia, mialgia;
  • Respiratórias: rouquidão;
  • SNC: cefaleia, depressão, febre;
  • Miscelânea: sintomas similares aos da influenza.

< 1% (limitadas a reações importantes ou potencialmente letais)

  • Arritmia, ataque isquêmico passageiro, aumento da fosfatase alcalina, aumento de bilirrubina, câncer de pele (células escamosas e/ou ceratoacantomas), crise hipertensiva, desidratação, dor tumoral, eczema, eritema multiforme, estomatalgia, foliculite, gastrite, ginecomastia, hemorragia cerebral, hemorragia GI, hemorragia respiratória, hipersensibilidade (reação cutânea, urticária), hiponatremia, hipotiroidismo, ICC, icterícia, infarto do miocárdio, infecção, insuficiência cardíaca, insuficiência renal aguda, ostealgia, pancreatite, perfuração GI, refluxo GI, rinorreia, síndrome da leucoencefalopatia posterior reversível, tromboembolia, zumbido.

INTERAÇÕES MEDICAMENTOSAS

  • O sorafenibe pode aumentar os níveis e efeitos de docetaxel, doxorrubicina, fluoruracila e irinotecano (e o metabólito ativo SN38). O sorafenibe pode aumentar a concentração sérica do metabólito ativo da dacarbazina. O sorafenibe pode aumentar o efeito anticoagulante da varfarina. O sorafenibe pode aumentar os níveis e efeitos de substratos da CYP2B6; são exemplos desses substratos: bupropiona, prometazina, propofol, selegilina e sertralina.
  • O sorafenibe pode aumentar os níveis e efeitos de substratos da CYP2C8; são exemplos desses substratos: amiodarona, paclitaxel, pioglitazona, repaglinida e rosiglitazona. O sorafenibe pode aumentar os níveis e efeitos de substratos da CYP2C9; são exemplos desses substratos: bosentana, dapsona, fenitoína, fluoxetina, glimepirida, glipizida, losartana, montelucaste, nateglinida, paclitaxel, varfarina e zafirlucaste.
  • O sorafenibe pode reduzir a absorção de comprimidos de digoxina. O sorafenibe pode reduzir os níveis e efeitos da fluoruracila. O sorafenibe pode reduzir a concentração sérica da dacarbazina. Indutores da CYP3A4 podem reduzir os níveis e efeitos do sorafenibe; são exemplos desses indutores: aminoglutetimida, carbamazepina, fenitoína, fenobarbital, nafcilina, nevirapina e rifamicinas.
  • A biodisponibilidade de sorafenibe é reduzida em 29% com uma refeição rica em gordura (a biodisponibilidade é similar no jejum quando administrado com uma refeição moderada em gordura).
  • Evitar erva-de-são-joão devido à redução dos níveis e efeitos do sorafenibe.

AJUSTE DA DOSE EM INSUFICIÊNCIA HEPÁTICA

  • Nenhum ajuste necessário para o comprometimento hepático leve (categoria A de Child-Pugh) a moderado (categoria B de Child-Pugh); não foi estudado no comprometimento hepático grave (categoria C de Child-Pugh).

MONITORIZAÇÃO

  • Hemograma completo com contagem diferencial, eletrólitos, fósforo; pressão arterial (de referência, semanalmente, pelas primeiras 6 semanas e, depois, periodicamente).

CONDUTA NUTRICIONAL

  • Diarreia: evitar consumir leites e derivados, frutas e sucos de frutas laxativas, alimentos que contenham grãos ou farinhas integrais, leguminosas e verduras (como: brócolis, couve-flor, couve, alface). Estimular a ingestão de líquidos para evitar a desidratação.
  • Anorexia ou perda de peso: ingerir alimentos conforme aceitação, em pequenas quantidades (2/2 horas ou 3/3 horas); fracionar as refeições em 4 a 6 vezes ao dia. Elaborar preparações coloridas e variadas, e incluir novos alimentos no cardápio. Consumir alimentos calóricos e, se necessário, utilizar complemento nutricional hipercalórico e hiperprotéico.
  • Náuseas e vômitos: evitar consumir líquidos durante as refeições; não ficar próximo da área do preparo de alimentos; preferir alimentos gelados e/ou em temperatura ambiente e de fácil digestão; ingerir líquidos em pequena quantidade, várias vezes por dia (atenção à hidratação).
  • Constipação/obstipação: consumir alimentos ricos em fibras como: frutas frescas, frutas secas, produtos integrais, leguminosas e hortaliças; ingerir líquidos adequadamente, nos intervalos das refeições, para auxiliar no funcionamento intestinal.
  • Mucosite, estomatite ou odinofagia: evitar os alimentos ácidos, picantes, crocantes, duros, cortantes ou que possam machucar a mucosa; preferir alimentos macios e, se houver necessidade de alteração na consistência, utilizar alimentos pastosos ou líquidos. Não consumir alimentos em temperaturas extremas (muito quente ou muito fria) e bebidas com gás ou alcoólicas. Se necessário, incluir complemento nutricional hipercalórico e hiperprotéico.
  • Neutropenia: redobrar a atenção à higienização e no preparo dos alimentos para evitar infecções; lavar frutas e hortaliças em água corrente e colocá-las em imersão em solução desinfetante com hipoclorito; evitar alimentos mal cozidos ou mal passados. Em alguns casos será necessário restringir alimentos crus (consultar seu médico e/ou nutricionista).
Última atualização: 24/08/2024
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