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Antineoplásico/ Imunomodulador
METOTREXATO

Fauldmetro 500mg injetável (frasco ampola 20mL)

Fauldmetro 50mg injetável (frasco ampola 2mL)

Miantrex 500mg injetável (frasco ampola 20mL)

MEDICAMENTO DE ALTA VIGILÂNCIA (MAVi)

Posologia

Consultar os protocolos individuais por doença

POTENCIAL EMETOGÊNICO/ PRÉ-MEDICAÇÃO

Mínimo (< 10 %) para doses menores que 50 mg/m²

  • Pode ser incorporado ao esquema de Baixo Potencial, se necessário.

Baixo (10 - 30%) para doses maiores que 50 até 250mg/m².

  • Dexametasona 8 a 12 mg, VO ou IV, em cada dia do ciclo ou metoclopramida 10 - 20 mg, VO ou IV, a cada 6 horas.
  • Opcional: lorazepam 0,5 - 2 mg, VO, a cada 4 ou 6 horas, s/n, D1 a D4 e omeprazol ou ranitidina.
  • Monitorizar reações distônicas; usar difenidramina 25 - 50 mg, VO ou IV, a cada 4 - 6 horas para reações distônicas.

Moderado (30 - 90%) para doses acima de 250 mg/m².

  • D1: ondansetrona 8 - 16 mg (máx. 32 mg/dia), IV, ou 16 – 24 mg, VO, ou palonosetrona 0,25 mg, IV, ou granisetrona 2 mg, VO ou 0,01 mg/kg (máx. 1 mg), IV e dexametasona 12 mg, IV.
  • D2 e D3: ondansentrona ou granisetrona (idem Posologia D1) ou dexametasona 8 mg, VO.
  • Opcional: aprepitanto 125 mg, VO, no D1 e 80 mg, VO no D2 e D3. Lorazepam 0,5 - 2 mg, VO, a cada 4 ou 6 horas, s/n, D1 a D4. Omeprazol ou ranitidina, VO.

PREPARO/ADMINISTRAÇÃO

  • Diluição: 50 mL - 1000 mL de SF/SG/ringer lactato/Solução de Hartmann. Nos casos de administração IM, SC, e IT (não utilizar apresentação de 1 g/10 mL) não diluir.
  • Estabilidade: 24 horas TA.
  • Para intratecal: Utilizar produto sem conservante. Pode ser preparado na mesma seringa com dexametasona e citarabina.
  • Tempo de Infusão: Bôlus à infusão contínua de 24 a 42 horas, conforme protocolo.
  • Doses <150 mg em bôlus.
  • Doses entre 150 e 499 mg IV lento (20 a 30 minutos).
  • Doses entre 500 mg e 1499 mg IV acima de 1 hora.
  • Doses acima de 1500 mg IV acima de 4 horas.

POTENCIAL VESICANTE/IRRITANTE

  • Não consta.
Ajuste Renal

​A bula aprovada pela FDA não contém orientações de ajuste da dose.

As seguintes orientações têm sido utilizados por alguns médicos:

  • Clcr de 61 - 80 mL/min: administrar 75% da dose.
  • Clcr de 51 - 60 mL/min: administrar 70% da dose.
  • Clcr de 10 - 50 mL/min: administrar 30 à 50% da dose.
  • Clcr < 10 mL/min: evitar o uso.
  • Hemodiálise: não dialisável (0 a 5%); não há necessidade de dose suplementar.
  • Diálise peritoneal: não há necessidade de dose suplementar.
  • Efeitos da hemofiltração arteriovenosa contínua: desconhecidos

Arnoff, 2007:

Crianças

  • Clcr de 10 - 50 mL/min: administrar 50% da dose.
  • Clcr < 10 mL/min: administrar 30% da dose.
  • Hemodiálise: administrar 30% da dose.
  • Diálise peritoneal ambulatorial contínua (DPAC): administrar 30% da dose.

Terapia contínua de substituição renal: administrar 50% da dose.

Adultos

  • Clcr de 10 - 50 mL/min: administrar 50% da dose.
  • Clcr < 10 mL/min: evitar o uso.
  • Hemodiálise: administrar 50% da dose

Terapia contínua de substituição renal: administrar 50% da dose.

Kintzel, 1995:

  • Clcr de 46 - 60 mL/min: administrar 65% da dose.
  • Clcr de 31 - 45 mL/min: administrar 50% dose.
  • Clcr < 30mL/min: evitar o uso
Alerta

ANTÍDOTO: Folinato de cálcio (Legilfol 50mg/5mL FAP) ou Acido Folinico 15mg cp.

SINÔNIMOS

  • MTX

INDICAÇÕES

  • Tratamento de neoplasias trofoblásticas gestacionais, leucemia linfoide aguda, leucemia mieloide aguda pró-mielocítica, câncer pulmonar de células pequenas, câncer de cabeça e pescoço (células escamosas), câncer de mama, câncer do endométrio, câncer gástrico, câncer de bexiga, osteossarcoma, sarcoma de partes moles (tumor desmoide), linfoma ou leucemia meníngea, tumores sólidos não operáveis, linfomas não-Hodgkin e linfoma de Burkitt e linfoma das células do manto, linfoma cutâneo primário de células B, psoríase grave, artrite reumatoide, dermatomiosite, doença de Crohn ativa.

REAÇÕES ADVERSAS

> 10%

  • SNC: aracnoidite, toxicidade subaguda, encefalopatia desmielinizante.
  • Dermatológicas: vermelhidão na pele;
  • Endócrinas e metabólicas: hiperuricemia, ovogênisis e espermatogenesis defeituoso;
  • Gastrointestinais: náusea ou vômito, gengivite, diarreia, estomatite, mucosite, anorexia, glossite e perfuração intestinal;
  • Hematológicas: leucopenia e trombocitopenia;
  • Renais: insuficiência renal, nefropatia e azotemia;
  • Respiratórias: faringite.

1 a 10%

  • Cardiovasculares: vasculite;
  • SNC: tontura, mal-estar, encefalopatia, apreensão, febre, tremor;
  • Renais: disfunção renal (aumento abrupto de creatinina sérica e ureia e uma queda de produção de urina, mais comum em altas doses que pode ser por precipitação da droga);
  • Respiratórias: pneumocite associada com febre, tosse e infiltrados pulmonares intersticiais;
  • Dermatológicas: alopecia, rash cutâneo, fotossensibilidade, despigmentação ou hiperpigmentação da pele;
  • Endócrinas e metabólicas: diabetes;
  • Genitourinárias: cistite.
  • Hematológicas: hemorragia;
  • Hepáticas: aumento de enzimas hepáticas, cirrose e fibrose;
  • Neuromusculares e esqueléticas: artralgia;
  • Ocular: visão turva.

< 1% (limitadas a reações importantes ou potencialmente letais; relatadas com o uso de um único agente ou com a terapia combinada, todos com ocorrência rara)

  • Síndrome neurológica aguda (em altas doses: os sintomas incluem confusão, hemiparesia, cegueira transitória, e coma); anafilaxia, alveolite, disfunção cognitiva (tem sido relatada em baixa dosagem), diminuição da resistência às infecções, eritema multiforme, insuficiência hepática, leucoencefalopatia (especialmente após irradiação crânio-espinhal ou repetida à terapia de alta dose), transtornos linfoproliferativos, osteonecrose e necrose dos tecidos moles (com radioterapia), periocardite, erosão em placas (psoríase), apreensão (mais frequente em pacientes pediátricos com LLA), síndrome de Stevens-Johnson, tromboembolismo.

INTERAÇÕES MEDICAMENTOSAS

  • Evitar o uso concomitante do metotrexato com acitretin, natalizumabe, vacinas (vivos).
  • Metotrexato pode aumentar os níveis/efeitos da ciclosporina, leflunomida, natalizumabe, vacinas (vivos), antagonistas vitamina K.
  • Os níveis/efeitos do metotrexato podem ser aumentados por acitretin, ciprofloxacino, ciclosporina, eltrombopag, anti-inflamatórios não esteriodais, penicilinas, inibidores da glicoproteína P, inibidores de bomba de prótons, salicilatos, derivados sulfonamida, trastuzumabe, trimetoprima, agentes uricosúricos.
  • Metotrexato pode reduzir os níveis/ efeitos dos glicosídeos cardíacos, sapropterina, vacinas (inativadas/vivos), antagonistas vitamina K. Os níveis/efeitos do metotrexato podem ser reduzidos por sequestradores de ácidos biliares, equinácea e indutores glicoproteína P.
  • Evitar o uso de etanol (pode estar associado ao aumento dos danos hepáticos).
  • Os níveis séricos de metotrexato podem ser reduzidos se administrados junto com alimento. Alimentos ricos em leite podem diminuir a absorção de metotrexato. O folato pode diminuir a resposta da droga.

AJUSTE DA DOSE NA INSUFICIÊNCIA HEPÁTICA

A bula aprovada pela FDA não contém orientações de ajuste da dose.

As seguintes orientações têm sido adotadas por alguns clínicos.

Floyd, 2006:

  • Bilirrubinas: 3,1 - 5 mg/dL ou AST/ALT > 180 unidades: administrar 75% da dose.
  • Bilirrubinas > 5 mg/dL: evitar o uso.

MONITORIZAÇÃO

  • Hemograma e creatinina. Provas de função hepática a cada 3 - 4 meses.
  • No uso prolongado (especialmente na artrite reumatoide e psoríase), realizar uma biópsia hepática antes do início da terapia e repeti-la a cada dose cumulativa de 1 - 1,5 g. Contagem leucocitária e contagem plaquetária a cada 4 semanas.
  • Faixa de referência de concentração sérica do metotrexato: níveis terapêuticos variáveis; concentração tóxica variável.
  • A faixa terapêutica depende da abordagem terapêutica.
  • Esquemas de alta dose produzem níveis entre 0,1 - 1 μmol/L 24 - 72 horas após a infusão do medicamento.
  • Concentração tóxica: terapia com baixa dose: > (0,2 μmol/L) e terapia com altadose: (> 1 μmol/L).

CONDUTA NUTRICIONAL

  • Náuseas e vômitos: evitar consumir líquidos durante as refeições; não ficar próximo da área do preparo de alimentos; preferir alimentos gelados e/ou em temperatura ambiente e de fácil digestão; ingerir líquidos em pequena quantidade, várias vezes por dia (atenção à hidratação).
  • Diarreia: evitar consumir leites e derivados, frutas e sucos de frutas laxativas, alimentos que contenham grãos ou farinhas integrais, leguminosas e verduras (como: brócolis, couve-flor, couve, alface). Estimular a ingestão de líquidos para evitar a desidratação.
  • Mucosite ou estomatite: evitar os alimentos ácidos, picantes, crocantes, duros, cortantes ou que possam machucar a mucosa; preferir alimentos macios e, se houver necessidade de alteração na consistência, utilizar alimentos pastosos ou líquidos. Não consumir alimentos em temperaturas extremas (muito quente ou muito fria) e bebidas com gás ou alcoólicas. Se necessário, incluir complemento nutricional hipercalórico e hiperprotéico.
  • Anorexia ou perda de peso: ingerir alimentos conforme aceitação, em pequenas quantidades (2/2 horas ou 3/3 horas); fracionar as refeições em 4 a 6 vezes ao dia. Elaborar preparações coloridas e variadas, e incluir novos alimentos no cardápio. Consumir alimentos calóricos e, se necessário, utilizar complemento nutricional hipercalórico e hiperprotéico.
Última atualização: 24/08/2024
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