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Antineoplásico
CARFILZOMIBE

Kyprolis 60MG FAP

MEDICAMENTO DE ALTA VIGILÂNCIA (MAVi)

Posologia

POSOLOGIA

Consultar os protocolos individuais por doença

INDICAÇÕES

Mieloma múltiplo, recidivado ou refratário: Como monoterapia para de mieloma múltiplo recidivo ou refratário em pacientes que tenham tido recidiva com uma ou mais linhas de terapia; tratamento mieloma múltiplo recidivo ou refratário (em combinação com dexametasona ou lenalidomida com dexametasona) em pacientes que tenham recidiva de uma a três linhas de terapia anteriores.

Ajuste Renal

AJUSTE DA DOSE NA INSUFICIÊNCIA RENAL

O grupo internacional de trabalho sobre mieloma recomenda o uso da equação, preferencialmente, da colaboração epidemiológica de doença crônica renal (CKD-EPI) ou a fórmula da modificação da dieta em doenças renais (MDRD) para avaliar a função renal em pacientes com mieloma múltiplo com estável creatinina sérica.

  Dano renal pré-existente: Não é necessário ajuste de dose

 Hemodialise: Não é necessário ajuste de dose. Administrar após dialise.

 O grupo internacional de trabalho sobre mieloma segure que ( com base na avaliação da dose de 20/27 mg/m2), carfilzomibe pode ser administrado com segurança em pacientes com CrCl ≥15 mL/minuto; embora haja poucos dados, a administração de carfilzomibe em pacientes com CrCl <15 mL/minuto pode ser realizada.

 Toxicidade renal devido ao tratamento: creatinina sérica ≥ 2 vezes  ao valor de referência, CrCl <15 mL/minuto, ou CrCl menor que ≤50% do valor de referência, ou pacientes que requerem dialise : interromper dose e monitorar função renal. Se a toxicidade renal é devido ao carfilzomibe, retornar a dose quando a função renal melhorar cerca de 25% do valor de referencia; Retornar com dose reduzida por 1 nível de dose. Se a toxicidade não foi devido ao carfilzomibe, reiniciar segundo critério do prescritor.

Alerta

POTENCIAL EMETOGÊNICO

Baixo

 

AJUSTE DE DOSE EM TOXICIDADE

Redução do nível de dose de Carfilzomib para toxicidade:

Se a dose inicial é de 27 mg/m2.

Redução primeira dose: 20mg/m2

Redução segunda dose: 15mg/m2, se a toxidade persistir com dose de 15mg/m2, descontinuar carfilzomibe.

 

 Se dose inicial é de 56mg/m2:

Redução primeira dose: 45mg/m2

Redução segunda dose: 36mg/m2

Redução terceira dose: 27mg/m2; se persistir toxidade com dose se 27mg/m2 descontinuar carfilzomibe.

 

Toxicidade hematológica:

ANC <500/mm3: Interromper dose; Continuar na mesma dose se ANC retornar para ≥500/mm3. Para subsequentes níveis de <500/mm3, interromper dose e considerar redução da dose por 1 nível de dose quando ANC≥500/mm3.

 

Febre neutropenica (ANC <500/mm3 com medição de temperatura oral >38.5°C ou apresentar duas leituras consecutivas >38°C em 2 horas): interromper dose; Se ANC retornar a valores de referencia adequados e a febre apresentar resolutiva, retornar ao mesmo nível de dose.

 

Plaquetas: <10,000/mm3 ou evidência de sangramento com trombocitopenia: Interromper dose; continuar a mesma dose se a contagem de plaquetas retornar a um valor ≥10,000/mm3 e o sangramento for controlado. Para subsequentes níveis de plaqueta <10,000/mm3, interromper a dose e considerar redução de dose por 1 nível de dose quando plaquetas ≥10,000/mm3.

 

Toxicidade não hematológica:

              

Grau 3 ou 4 de toxicidade não hematológica: Interromper dose, até resolução ou retornar ao valor de referência. Quando ocorrer a resolução, considerar recomeçar o próximo tratamento programado com redução de 1 nível de dose.

Cardíaco: grau 3 ou 4, início ou piora da falência do coração, diminuição da função ventricular, ou isquemia do miocárdio: interromper a dose até ocorrer a resolução ou até chegar ao valor de referência. Após a resolução, se for apropriado considerar reiniciar em redução de 1 nível da dose.

Hemorragia ou sintomas de perda de sangue: Reduzir a dose ou interromper o tratamento de forma clinicamente apropriada.

Hipertensão severa ou com risco de vida: se a hipertensão não puder ser controlada de forma adequada, interromper a dose e proceder uma avaliação. Após a resolução, basear- se no risco e beneficio para concluir se é apropriado reiniciar o tratamento.

Toxicidade pulmonar

Síndrome de insuficiência respiratória aguda, falência respiratória aguda, e infiltrado difuso pulmonar agudo (induzido por medicamento): descontinuar terapia.

Hipertensão pulmonar: interromper a dose até resolução ou até alcançar o valor de referência. Após resolução, considerar se é apropriado reiniciar o tratamento com base no risco versus beneficio.

Dispneia graus 3 ou 4: Interromper dose até resolução, ou quando atingir parâmetros adequados. Após resolução, considerar se é apropriado retornar ao tratamento com base no risco e benefício.

 Síndrome da lise tumoral: Interromper tratamento até resolução.

 

PRÉ-MEDICAÇÃO

IV: Hidratar com fluídos orais (30 mL/kg) por pelo menos 48 horas antes de iniciar o primeiro ciclo. E também com 250 a 500 mL de NS (ou outro fluído apropriado IV) antes (recomendado) e depois (se necessário) em cada dose do primeiro ciclo; Continuar a hidratação oral e/ou IV nos ciclos subsequentes (se necessário). Imediatamente antes e após da administração fazer flush line? Com NS ou D5W. Não administrar com outros medicamentos.

Quando for utilizado como monoterapia, fazer uso de pré-medicação:

Infusão de carfilzomibe em 10 minutos: dexametasona 4 mg oralmente ou IV.

Infusão de carfilzomibe em 30 minutos: dexametasona 8 mg oralmente ou IV.

 Quando usado em combinação com outro medicamento, recomenda-se a administração de dose de dexametasona (ver informações de prescrição). Pré-medicar de 30 minutos a 4 horas em todas as doses do ciclo 1, e conforme necessário nos próximos ciclos para reduzir a incidência e severidade das reações a infusão.

PREPARO/ADMINISTRAÇÃO

Hidratar com fluídos orais (30mL/kg) por pelo menos 48 horas de iniciar o ciclo 1, e também com 250 a 500 mL de solução salina (ou outro fluído apropriado para IV) antes da dose (recomendado) e após ( se necessário) durante o primeiro ciclo ( se necessário continuar a hidratação oral ou IV nas infusões dos ciclos subsequentes). Monitorar evidencia de sobrecarga de volume e ajustar hidratação baseado na necessidade individual do paciente. Se o paciente tiver histórico de infecção por herpes zoster, considerar profilaxia antiviral. Se administrado em combinação com dexametasona ou lenalidomida mais dexametasona, recomenda-se tromboprofilaxia.

AJUSTE DA DOSE NA INSUFICIÊNCIA HEPÁTICA

 

Dano hepático pré existente:

 

Dano Leve: (bilirubina >1 a 1,5 vezes ULN ou AST > ULN) ou moderada (bilirrubina >1,5 a 3 vezes ULN): reduzir dose para 75% da dose recomendado.

 

Dano severo: (bilirrubina >3 vezes ULN): Não há ajuste de dose estabelecido pelo laboratório fabricante (a farmacocinética do carfilzomibe não foi testada em pacientes com bilirrubina > 3 vezes ULN e qualquer AST).

 

Hepatotoxicidade devido ao tratamento: Elevação de grau 3 ou 4 da bilirrubina, transaminases ou outras anormalidade hepáticas: Interromper dose até resolução ou reestabelecer o valor de referência. Após resolução, se for apropriado reiniciar, considerar recomeçar com a redução de 1 nível de dose, e monitorar frequentemente a função hepática.

 

 

MONITORIZAÇÃO

 

CBC com diferencial e plaquetas (monitorar frequentemente ao longo do tratamento), monitorar nível de potássio sérico regularmente, função renal, função pulmonar (com novo ou piora dos sintomas), teste de função pulmonar, pressão sanguínea, sinais/sintomas da infusão e reações relatadas, cardiopatia congestiva, síndrome da lise tumoral, neuropatia periférica, síndrome encefalopatia posterior reversível, trombocitopenia trombolítica púrpura/hemolítica, síndrome uremica, e eventos tromboembolítico venoso. Monitorar a evidência de aumento de volume devido a pré e pós hidratação.

 

 

CONDUTA NUTRICIONAL

Não se aplica.

 

 

ALERTA

 

≥10%:

 

Cardiovascular: Hipertensão (15% a 42%), edema periférico (20% a 21%), dor no peito (3% a 21%);

Sistema nervoso central: Fadiga (40% a 58%), arrepios (12% a 38%), dor de cabeça (24% a 33%), insônia (13% a 29%), tontura (11% a 29%), hipoestesia, neuropatia periférica;

Gastrointestinal: Náusea (35% a 54%), vômito (17% a 33%), diarreia (25% s 27%), anorexia (15% a 21%), constipação;

Hematológico & oncológico: Trombocitopenia (37% a 54%; ≥ grau 3: 25% a 54%), anemia (42% a 49%, ≥ grau 3: 24% a 29%), linfocitopenia (14% a 33%; ≥ grau 3: 12% a 33%), leucopenia, neutropenia.

Neuromuscular & esquelético: dor nas costas (19% a 21%), espasmo muscular (10% a 21%).

Renal: Aumento creatina sérica (17% a 25%)

Respiratorio: Dispnea (28% a 58%), tosse (22% a 33%), infecção do trato respiratório superior (19% a 21%), pneumonia.

Diversos: Febre (30% a 58%)

 

1% a 10%:

 

Cardiovascular: trombose venosa profunda (≤2%), embolismo pulmonar (≤2%), hipertensão pulmonar (1%), doença cardíaca isquêmica.

 

Sistema nervoso central:  Parestesia, neuropatia sensorial periférica.

 

Endócrino & metabólico: Hipercalcemia, hiponatremia, hipofosfatemia.

 

Hematológico & oncológico: netroupenia febril

 

Renal: Insuficiência renal (10%), Insuficiência renal aguda (mais comum em pacientes com mieloma múltiplo recidivo e refratário), falha renal.

 

Frequência não definida:

Cardiovascular: Hipotensão, complicações tromboembólicas.

Sistema nervoso central: Ansiedade, hemorragia intracraniana, dor, transtorno de voz.

Dermatológico: eritema, hiperidrose, prurido , rash cutâneo.

Endócrino & metabólico: Hiperglicemia, hipercalemia, hiperuricemia, hipoalbuminemia, hipocalcemia, hipocalemia, hipomagnesemia

Gastrointestinal: Dor abdominal, dispepsia, hemorragia gastrointestinal, dor de dente, dor abdominal superior.

Genitourinário: Infecção trato grato intestinal

Hematológico & oncológico: Hemorragia, hemorragia pulmonar.

Hepático: Falência hepática

Infecção: Influenza, sepsis.

Local: Reação no local de infusão.

Neuromuscular & esquelético: artralgia, dor nos membros, dor torácica músculo-esquelética, dor musculoesquelética, mialgia, fraqueza.

Oftálmico: visão embaçada, cataracta.

Respiratório: bronquite, broncopneumonia, epistaxis, nasofaringe, dor orofaríngea, edema pulmonar, infecção pulmonar, infecção trato respiratório, rinite.

Diversos: falência múltipla dos orgãos

<1%, pós-comercialização, e/ou casos reportados: Cardiomiopatia (restritivo), perfuração gastrointestinal, síndrome hemolítica-urêmica, doença pulmonar intersticial, infarto do miocárdio, pericardite, neuropatia motora periférica, pneumonia, doença pulmonar, síndrome de dificuldade respiratória (agudo), síndrome da leucoencefalopatia posterior reversível, síndrome lise tumoral.

 

 

INTERAÇÕES MEDICAMENTOSAS

 

BGC (Intravesical): agentes mielosupressores podem diminuir o efeito terapêutico do BCG (intravesical). Risco X: evitar combinação

 

Clozapina: agentes mielosupressores podem aumentar o efeito adverso/tóxico do Clozapina. Especificamente, o risco de neutropenia pode ser aumentado. Risco C: monitorar terapia.

 

Deferiprona: agentes mielosupressores podem aumentar o efeito neutropenico da deferiprona. Risco X: evitar combinação.

 

Dipirona: Pode intensificar o efeito adverso/tóxico dos agentes mielosupressores. Especificamente, o risco para agranulocitose e pancetopenia pode ser aumentado. Risco X: evitar combinação.

 

Derivados de estrogênio (contraceptivo): Carfilzomibe pode aumentar o efeito trombogênico dos derivados de estrogênio (contraceptivo). O fabricante adverte: considerar alternativas com métodos contraceptivos não hormonais em pacientes que usem carfilzomibe. Risco D: Considerar modificação terapêutica.

 

Lumacaftor: pode diminuir a concentração sérica de substratos da P-glicoproteína/ABCB1. Lumacaftor pode aumentar a concentração sérica de substratos da P-glicoproteína/ABCB1. Risco C: monitorar terapia.

 

Indutores de P-glicoproteína/ABCB1: Podem diminuir a concentração sérica de substratos da P-glicoproteína/ABCB1; Indutores da P-glicoproteína, além disso, podem limitar a distribuição de substratos de P-glicoproteína para células/tecidos/órgãos específicos onde a P-glicoproteína está presente em grande quantidade (Pex: cérebro, linfócitos T, testículos, etc). Risco C: monitorar terapia.

 

Inibitores P-glicoproteína/ABCB1: Podem aumentar a concentração sérica de substratos de P-glicoproteína/ABCB1. Inibidores de P-glicoproteína podem também aumentar a distribuição de substratos de P-glicoproteína especificamente para células/tecidos/orgões onde P-glicoproteína está presente em grande quantidade (pex: cérebro, linfócito T, testículos, etc). Risco C: monitorar terapia.

 

Progestina (contraceptivo): Carfilzomibe pode intensificar o efeito trombogênico da progestina (contraceptivo). O fabricante adverte: considerar alternativa de método contraceptivo não hormonal para pacientes que usam carfilzomibe. Risco D: considerar modificação de terapia.

 

Promazina: pode aumentar o efeito mielosupressor dos agentes mielosupressores. Risco C: monitorar terapia.

 

Ranolazine: Pode aumentar a concentração sérica dos substratos da P-glycoprotein/ABCB1. Risco C: monitorar terapia.

 

Última atualização: 24/08/2024
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