POTENCIAL EMETOGÊNICO
Baixo
AJUSTE DE DOSE EM TOXICIDADE
Redução do nível de dose de Carfilzomib para toxicidade:
Se a dose inicial é de 27 mg/m2.
Redução primeira dose: 20mg/m2
Redução segunda dose: 15mg/m2, se a toxidade persistir com dose de 15mg/m2, descontinuar carfilzomibe.
Se dose inicial é de 56mg/m2:
Redução primeira dose: 45mg/m2
Redução segunda dose: 36mg/m2
Redução terceira dose: 27mg/m2; se persistir toxidade com dose se 27mg/m2 descontinuar carfilzomibe.
Toxicidade hematológica:
ANC <500/mm3: Interromper dose; Continuar na mesma dose se ANC retornar para ≥500/mm3. Para subsequentes níveis de <500/mm3, interromper dose e considerar redução da dose por 1 nível de dose quando ANC≥500/mm3.
Febre neutropenica (ANC <500/mm3 com medição de temperatura oral >38.5°C ou apresentar duas leituras consecutivas >38°C em 2 horas): interromper dose; Se ANC retornar a valores de referencia adequados e a febre apresentar resolutiva, retornar ao mesmo nível de dose.
Plaquetas: <10,000/mm3 ou evidência de sangramento com trombocitopenia: Interromper dose; continuar a mesma dose se a contagem de plaquetas retornar a um valor ≥10,000/mm3 e o sangramento for controlado. Para subsequentes níveis de plaqueta <10,000/mm3, interromper a dose e considerar redução de dose por 1 nível de dose quando plaquetas ≥10,000/mm3.
Toxicidade não hematológica:
Grau 3 ou 4 de toxicidade não hematológica: Interromper dose, até resolução ou retornar ao valor de referência. Quando ocorrer a resolução, considerar recomeçar o próximo tratamento programado com redução de 1 nível de dose.
Cardíaco: grau 3 ou 4, início ou piora da falência do coração, diminuição da função ventricular, ou isquemia do miocárdio: interromper a dose até ocorrer a resolução ou até chegar ao valor de referência. Após a resolução, se for apropriado considerar reiniciar em redução de 1 nível da dose.
Hemorragia ou sintomas de perda de sangue: Reduzir a dose ou interromper o tratamento de forma clinicamente apropriada.
Hipertensão severa ou com risco de vida: se a hipertensão não puder ser controlada de forma adequada, interromper a dose e proceder uma avaliação. Após a resolução, basear- se no risco e beneficio para concluir se é apropriado reiniciar o tratamento.
Toxicidade pulmonar
Síndrome de insuficiência respiratória aguda, falência respiratória aguda, e infiltrado difuso pulmonar agudo (induzido por medicamento): descontinuar terapia.
Hipertensão pulmonar: interromper a dose até resolução ou até alcançar o valor de referência. Após resolução, considerar se é apropriado reiniciar o tratamento com base no risco versus beneficio.
Dispneia graus 3 ou 4: Interromper dose até resolução, ou quando atingir parâmetros adequados. Após resolução, considerar se é apropriado retornar ao tratamento com base no risco e benefício.
Síndrome da lise tumoral: Interromper tratamento até resolução.
PRÉ-MEDICAÇÃO
IV: Hidratar com fluídos orais (30 mL/kg) por pelo menos 48 horas antes de iniciar o primeiro ciclo. E também com 250 a 500 mL de NS (ou outro fluído apropriado IV) antes (recomendado) e depois (se necessário) em cada dose do primeiro ciclo; Continuar a hidratação oral e/ou IV nos ciclos subsequentes (se necessário). Imediatamente antes e após da administração fazer flush line? Com NS ou D5W. Não administrar com outros medicamentos.
Quando for utilizado como monoterapia, fazer uso de pré-medicação:
Infusão de carfilzomibe em 10 minutos: dexametasona 4 mg oralmente ou IV.
Infusão de carfilzomibe em 30 minutos: dexametasona 8 mg oralmente ou IV.
Quando usado em combinação com outro medicamento, recomenda-se a administração de dose de dexametasona (ver informações de prescrição). Pré-medicar de 30 minutos a 4 horas em todas as doses do ciclo 1, e conforme necessário nos próximos ciclos para reduzir a incidência e severidade das reações a infusão.
PREPARO/ADMINISTRAÇÃO
Hidratar com fluídos orais (30mL/kg) por pelo menos 48 horas de iniciar o ciclo 1, e também com 250 a 500 mL de solução salina (ou outro fluído apropriado para IV) antes da dose (recomendado) e após ( se necessário) durante o primeiro ciclo ( se necessário continuar a hidratação oral ou IV nas infusões dos ciclos subsequentes). Monitorar evidencia de sobrecarga de volume e ajustar hidratação baseado na necessidade individual do paciente. Se o paciente tiver histórico de infecção por herpes zoster, considerar profilaxia antiviral. Se administrado em combinação com dexametasona ou lenalidomida mais dexametasona, recomenda-se tromboprofilaxia.
AJUSTE DA DOSE NA INSUFICIÊNCIA HEPÁTICA
Dano hepático pré existente:
Dano Leve: (bilirubina >1 a 1,5 vezes ULN ou AST > ULN) ou moderada (bilirrubina >1,5 a 3 vezes ULN): reduzir dose para 75% da dose recomendado.
Dano severo: (bilirrubina >3 vezes ULN): Não há ajuste de dose estabelecido pelo laboratório fabricante (a farmacocinética do carfilzomibe não foi testada em pacientes com bilirrubina > 3 vezes ULN e qualquer AST).
Hepatotoxicidade devido ao tratamento: Elevação de grau 3 ou 4 da bilirrubina, transaminases ou outras anormalidade hepáticas: Interromper dose até resolução ou reestabelecer o valor de referência. Após resolução, se for apropriado reiniciar, considerar recomeçar com a redução de 1 nível de dose, e monitorar frequentemente a função hepática.
MONITORIZAÇÃO
CBC com diferencial e plaquetas (monitorar frequentemente ao longo do tratamento), monitorar nível de potássio sérico regularmente, função renal, função pulmonar (com novo ou piora dos sintomas), teste de função pulmonar, pressão sanguínea, sinais/sintomas da infusão e reações relatadas, cardiopatia congestiva, síndrome da lise tumoral, neuropatia periférica, síndrome encefalopatia posterior reversível, trombocitopenia trombolítica púrpura/hemolítica, síndrome uremica, e eventos tromboembolítico venoso. Monitorar a evidência de aumento de volume devido a pré e pós hidratação.
CONDUTA NUTRICIONAL
Não se aplica.
ALERTA
≥10%:
Cardiovascular: Hipertensão (15% a 42%), edema periférico (20% a 21%), dor no peito (3% a 21%);
Sistema nervoso central: Fadiga (40% a 58%), arrepios (12% a 38%), dor de cabeça (24% a 33%), insônia (13% a 29%), tontura (11% a 29%), hipoestesia, neuropatia periférica;
Gastrointestinal: Náusea (35% a 54%), vômito (17% a 33%), diarreia (25% s 27%), anorexia (15% a 21%), constipação;
Hematológico & oncológico: Trombocitopenia (37% a 54%; ≥ grau 3: 25% a 54%), anemia (42% a 49%, ≥ grau 3: 24% a 29%), linfocitopenia (14% a 33%; ≥ grau 3: 12% a 33%), leucopenia, neutropenia.
Neuromuscular & esquelético: dor nas costas (19% a 21%), espasmo muscular (10% a 21%).
Renal: Aumento creatina sérica (17% a 25%)
Respiratorio: Dispnea (28% a 58%), tosse (22% a 33%), infecção do trato respiratório superior (19% a 21%), pneumonia.
Diversos: Febre (30% a 58%)
1% a 10%:
Cardiovascular: trombose venosa profunda (≤2%), embolismo pulmonar (≤2%), hipertensão pulmonar (1%), doença cardíaca isquêmica.
Sistema nervoso central: Parestesia, neuropatia sensorial periférica.
Endócrino & metabólico: Hipercalcemia, hiponatremia, hipofosfatemia.
Hematológico & oncológico: netroupenia febril
Renal: Insuficiência renal (10%), Insuficiência renal aguda (mais comum em pacientes com mieloma múltiplo recidivo e refratário), falha renal.
Frequência não definida:
Cardiovascular: Hipotensão, complicações tromboembólicas.
Sistema nervoso central: Ansiedade, hemorragia intracraniana, dor, transtorno de voz.
Dermatológico: eritema, hiperidrose, prurido , rash cutâneo.
Endócrino & metabólico: Hiperglicemia, hipercalemia, hiperuricemia, hipoalbuminemia, hipocalcemia, hipocalemia, hipomagnesemia
Gastrointestinal: Dor abdominal, dispepsia, hemorragia gastrointestinal, dor de dente, dor abdominal superior.
Genitourinário: Infecção trato grato intestinal
Hematológico & oncológico: Hemorragia, hemorragia pulmonar.
Hepático: Falência hepática
Infecção: Influenza, sepsis.
Local: Reação no local de infusão.
Neuromuscular & esquelético: artralgia, dor nos membros, dor torácica músculo-esquelética, dor musculoesquelética, mialgia, fraqueza.
Oftálmico: visão embaçada, cataracta.
Respiratório: bronquite, broncopneumonia, epistaxis, nasofaringe, dor orofaríngea, edema pulmonar, infecção pulmonar, infecção trato respiratório, rinite.
Diversos: falência múltipla dos orgãos
<1%, pós-comercialização, e/ou casos reportados: Cardiomiopatia (restritivo), perfuração gastrointestinal, síndrome hemolítica-urêmica, doença pulmonar intersticial, infarto do miocárdio, pericardite, neuropatia motora periférica, pneumonia, doença pulmonar, síndrome de dificuldade respiratória (agudo), síndrome da leucoencefalopatia posterior reversível, síndrome lise tumoral.
INTERAÇÕES MEDICAMENTOSAS
BGC (Intravesical): agentes mielosupressores podem diminuir o efeito terapêutico do BCG (intravesical). Risco X: evitar combinação
Clozapina: agentes mielosupressores podem aumentar o efeito adverso/tóxico do Clozapina. Especificamente, o risco de neutropenia pode ser aumentado. Risco C: monitorar terapia.
Deferiprona: agentes mielosupressores podem aumentar o efeito neutropenico da deferiprona. Risco X: evitar combinação.
Dipirona: Pode intensificar o efeito adverso/tóxico dos agentes mielosupressores. Especificamente, o risco para agranulocitose e pancetopenia pode ser aumentado. Risco X: evitar combinação.
Derivados de estrogênio (contraceptivo): Carfilzomibe pode aumentar o efeito trombogênico dos derivados de estrogênio (contraceptivo). O fabricante adverte: considerar alternativas com métodos contraceptivos não hormonais em pacientes que usem carfilzomibe. Risco D: Considerar modificação terapêutica.
Lumacaftor: pode diminuir a concentração sérica de substratos da P-glicoproteína/ABCB1. Lumacaftor pode aumentar a concentração sérica de substratos da P-glicoproteína/ABCB1. Risco C: monitorar terapia.
Indutores de P-glicoproteína/ABCB1: Podem diminuir a concentração sérica de substratos da P-glicoproteína/ABCB1; Indutores da P-glicoproteína, além disso, podem limitar a distribuição de substratos de P-glicoproteína para células/tecidos/órgãos específicos onde a P-glicoproteína está presente em grande quantidade (Pex: cérebro, linfócitos T, testículos, etc). Risco C: monitorar terapia.
Inibitores P-glicoproteína/ABCB1: Podem aumentar a concentração sérica de substratos de P-glicoproteína/ABCB1. Inibidores de P-glicoproteína podem também aumentar a distribuição de substratos de P-glicoproteína especificamente para células/tecidos/orgões onde P-glicoproteína está presente em grande quantidade (pex: cérebro, linfócito T, testículos, etc). Risco C: monitorar terapia.
Progestina (contraceptivo): Carfilzomibe pode intensificar o efeito trombogênico da progestina (contraceptivo). O fabricante adverte: considerar alternativa de método contraceptivo não hormonal para pacientes que usam carfilzomibe. Risco D: considerar modificação de terapia.
Promazina: pode aumentar o efeito mielosupressor dos agentes mielosupressores. Risco C: monitorar terapia.
Ranolazine: Pode aumentar a concentração sérica dos substratos da P-glycoprotein/ABCB1. Risco C: monitorar terapia.