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Antineoplásico/ Antimetabolito
HIDROXIUREIA

Hydrea 500mg cápsula​

Tepev 500 mg cápsula 

MEDICAMENTO DE ALTA VIGILÂNCIA (MAVi)

Posologia

Consultar os protocolos individuais por doença

POTENCIAL EMETOGÊNICO

  • Mínimo a baixo.

PRÉ-MEDICAÇÃO

Se necessário:

  • Metoclopramida 10 - 20 mg, VO, a cada 6 horas, s/n.
  • Opcional: lorazepam 0,5 - 2 mg, VO, a cada 4 ou 6 horas, s/n e omeprazol ou ranitidina.
  • Monitorizar reações distônicas; usar difenidramina 25 - 50 mg, VO ou IV, a cada 4 - 6 horas para reações distônicas.

PREPARO/ADMINISTRAÇÃO

  • Se o paciente preferir ou for incapaz de engolir cápsulas, o conteúdo da cápsula pode ser transferido para um copo de água e ingerido imediatamente. Algum componente inerte usado como veículo na cápsula pode não se dissolver e assim, flutuar na superfície. Os pacientes devem estar conscientizados quanto à cautela da manipulação do fármaco, não permitindo que o pó entre em contato com a pele e mucosas, evitando inclusive a inalação do pó quando da abertura da cápsula. Para reduzir o risco de exposição à hidroxiureia, os pacientes devem utilizar luvas descartáveis no manuseio do fármaco assim como lavar as mãos antes e depois do contato com o frasco ou cápsulas.
  • Se o pó se esparramar, limpar imediatamente com uma toalha úmida descartável e desprezado em um recipiente fechado, como um saco plástico, assim como as cápsulas vazias.
  • Estabilidade: Armazenar em TA, evitar calor excessivo. Manter o frasco bem fechado.

 

Ajuste Renal
  • ​Pacientes diagnosticados com anemia falciforme e com Clcr < 60 mL/min ou nefropatia em estágio final devem ter a dose inicial reduzida para 7,5 mg/kg.
  • A dose deve ser titulada até a obtenção da resposta e evitando-se a toxicidade (consultar a dose usual).

Outras indicações:

  • Clcr 10 - 50 mL/min: administrar 50% da dose normal.
  • Clcr < 10 mL/min: administrar 20% da dose normal.
  • Pacientes em hemodiálise devem ter a dose administrada após a sessão de diálise. Não há necessidade de dose suplementar. A hidroxiureia é um composto de baixo peso molecular com alta hidrossolubilidade que pode ser livremente dialisável; no entanto, não foram realizados estudos clínicos que confirmem essa hipótese
Alerta

SINÔNIMOS

  • Hidroxicarbamida.

INDICAÇÕES

  • Tratamento de melanoma; leucemia mielocítica crônica; câncer de ovário; tratamento do carcinoma de células escamosas de cabeça e pescoço; doença falciforme.

REAÇÕES ADVERSAS

Frequência não definida.

  • Cardiovasculares: edema;
  • Dermatológicas: alopecia, alterações cutâneas similares às da dermatomiosite, atrofia cutânea, atrofia ungueal, câncer de pele, descamação, eritema facial, eritema periférico, gangrena, hiperpigmentação, pápulas violetas, pigmentação ungueal, rash cutâneo maculopapular, ressecamento da pele, toxicidades vasculíticas cutâneas, ulcerações vasculíticas;
  • Endócrinas e metabólicas: hiperuricemia;
  • Gastrointestinais: anorexia, constipação, diarreia, estomatite, irritação GI e mucosite (potencializadas pela radioterapia), náusea, pancreatite, vômito;
  • Geniturinárias: disúria (rara);
  • Hematológicas: citopenias persistentes, eritropoese megaloblástica, hemólise, leucemias secundárias (uso prolongado), macrocitose, mielossupressão (principalmente leucopenia; início: 24 - 48 horas; nadir: 10 dias; recuperação: 7 dias após a suspensão do medicamento; a reversão da contagem leucocitária ocorre rapidamente, mas a da contagem plaquetária pode levar 7 a 10 dias), redução do ferro sérico, trombocitopenia e anemia;
  • Hepáticas: aumento de enzimas hepáticas, hepatotoxicidade;
  • Neuromusculares e esqueléticas: fraqueza, neuropatia periférica;
  • Renais: aumento de BUN, aumento de creatinina;
  • Respiratórias: dispneia, fibrose pulmonar, infiltrados pulmonares difusos agudos;
  • SNC: alucinações, calafrios, cefaleia, crises convulsivas, desorientação, febre, malestar, sonolência (relacionada à dose), tontura.

INTERAÇÕES MEDICAMENTOSAS

  • Evitar uso concomitante da hidroxiureia com natalizumabe e vacina de vírus vivos. A hidroxiureia pode aumentar os níveis/efeitos da leflunomida, natalizumabe e vacinas de micro-organismos vivos.
  • Os níveis/efeitos da hidroxiureia podem ser aumentados por didanosina, trastuzumabe. A hidroxiureia pode diminuir os níveis/ efeitos das vacinas de organismos inativados e vivos.
  • Os níveis/efeitos da hidroxiureia podem ser diminuídos pela equinácea.

AJUSTE DE DOSE EM INSUFICIÊNCIA HEPÁTICA

  • Nenhuma recomendação específica disponível, porém recomenda-se a monitorização para toxicidade da medula óssea em pacientes com insuficiência hepática.

MONITORIZAÇÃO

  • Hemograma com contagem diferencial e plaquetas, provas de função renal e função hepática, uricemia.
  • Pacientes diagnosticados com anemia falciforme devem ser monitorizados a cada 2 semanas. Se ocorrer toxicidade, suspender o tratamento até a recuperação da medula óssea e reiniciar com uma dose menor do que a que produziu a toxicidade (2,5 mg/kg/dia). Se não ocorrer toxicidade nas 12 semanas seguintes, a dose subsequente deve ser aumentada em 2,5 mg/kg/dia. A menor dose de hidroxiureia alternada com eritropoetina pode diminuir a mielotoxicidade e aumentar os níveis de hemoglobina fetal em pacientes que não foram beneficiados pela hidroxiureia isoladamente.
  • Faixa aceitável: neutrófilos ≥ 2.500 células/mm³, plaquetas ≥ 95.000/mm³, hemoglobina > 5,3 g/dL e reticulócitos ≥ 95.000/mm³, se a concentração de hemoglobina for < 9 g/dL.
  • Faixa tóxica: neutrófilos < 2.000 células/mm³, plaquetas < 80.000/mm³, hemoglobina < 4,5 g/dL e reticulócitos < 80.000/mm³, se a concentração de hemoglobina for < 9 g/dL.

CONDUTA NUTRICIONAL

  • Anorexia: ingerir alimentos conforme aceitação, em pequenas quantidades (2/2 horas ou 3/3 horas); fracionar as refeições em 4 a 6 vezes ao dia. Elaborar preparações coloridas e variadas, e incluir novos alimentos no cardápio. Consumir alimentos calóricos e, se necessário, utilizar complemento nutricional hipercalórico e hiperprotéico.
  • Constipação/obstipação: consumir alimentos ricos em fibras como: frutas frescas, frutas secas, produtos integrais, leguminosas e hortaliças; ingerir líquidos adequadamente, nos intervalos das refeições, para auxiliar no funcionamento intestinal.
  • Diarreia: evitar consumir leites e derivados, frutas e sucos de frutas laxativas, alimentos que contenham grãos ou farinhas integrais, leguminosas e verduras (como: brócolis, couve-flor, couve, alface). Estimular a ingestão de líquidos para evitar a desidratação.
  • Mucosite ou Odinofagia: evitar os alimentos ácidos, picantes, crocantes, duros, cortantes ou que possam machucar a mucosa; preferir alimentos macios e, se houver necessidade de alteração na consistência, utilizar alimentos pastosos ou líquidos. Não consumir alimentos em temperaturas extremas (muito quente ou muito fria) e bebidas com gás ou alcoólicas. Se necessário, incluir complemento nutricional hipercalórico e hiperprotéico.
  • Náuseas e vômitos: evitar consumir líquidos durante as refeições; não ficar próximo da área do preparo de alimentos; preferir alimentos gelados e/ou em temperatura ambiente e de fácil digestão; ingerir líquidos em pequena quantidade, várias vezes por dia (atenção à hidratação).
  • Neutropenia: redobrar a atenção à higienização e no preparo dos alimentos para evitar infecções; lavar frutas e hortaliças em água corrente e colocá-las em imersão em solução desinfetante com hipoclorito; evitar alimentos mal cozidos ou mal passados. Em alguns casos será necessário restringir alimentos crus (consultar seu médico e/ou nutricionista).
  • Anemia: aumentar o consumo de alimentos de origem animal, fontes de ferro como: carnes bovinas, aves, peixes e fígado de boi ou de galinha. Ingerir também alimentos vegetais, fontes de ferro como: leguminosas, frutas secas, vegetais de cor verde escuro. Evitar consumir, ao mesmo momento, de outros alimentos que prejudiquem a absorção de ferro, como por exemplo: chá preto, café, farelo de trigo, chocolate e alimentos ricos em cálcio (leite e derivados). Consumir alimentos ricos em vitamina C (laranja, limão, abacaxi, acerola e kiwi) pois auxiliam na absorção do ferro de alimentos de origem vegetal.

 

Última atualização: 26/08/2024
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