Você está em: Manual Farmacêutico
Quero buscar por:
Digite a palavra:


OU

Selecione no índice alfabético:

Filtro por - Tipo: > Busca: ef=

Filtro por - Tipo: > Busca: ef=

Filtro por - Tipo: > Busca: ef=


Nenhum resultado encontrado
Antineoplásico/ Imunomodulador
CICLOFOSFAMIDA

Genuxal 50 mg cp revestido de liberação retardada

MEDICAMENTO DE ALTA VIGILÂNCIA (MAVi)

Posologia

Consultar os protocolos individuais por doença

POTENCIAL EMETOGÊNICO/ PRÉ-MEDICAÇÃO

Moderado a alto - maior/igual a 100 mg/m²/dia:

  • Granisetrona 1 a 2 mg, VO, diariamente ou 1 mg, VO, 2 vezes ao dia, ou ondansetrona 16 - 24 mg, VO, dia.
  • Opcional: lorazepam 0,5 - 2 mg, VO, a cada 4 ou 6 horas, s/n e omeprazol ou ranitidina.

Mínimo a baixo - menor que 100 mg/m²/dia:

  • Se necessário: metoclopramida 10 - 20 mg, VO, a cada 6 horas, s/n.
  • Opcional: lorazepam 0,5 - 2 mg, VO, a cada 4 ou 6 horas, s/n e omeprazol ou ranitidina.
  • Monitorizar reações distônicas; usar difenidramina 25 - 50 mg, VO ou IV, a cada 4 - 6 horas para reações distônicas.

PREPARO/ADMINISTRAÇÃO

  • Administrar os comprimidos durante ou após as refeições.
  • Reconstituição: Com elixir aromático, remover a solução e adicionar elixir aromático o suficiente para obter volume final 100 mL (2 mg/mL).
  • Estabilidade: elixir: 14 dias 2 - 8ºC, armazenar em um recipiente de vidro âmbar.
Ajuste Renal
  • ​Alguns autores não recomendam o ajuste da dose, exceto na insuficiência renal grave (Clcr < 20 mL/min). Administrar 100% da dose normal para Clcr > 10 mL/ min. Administrar 75% da dose normal para Clcr < 10 mL/min.
  • A ciclofosfamida é moderadamente dialisável (20 - 50%): administrar a dose após a hemodiálise.
  • Efeitos da CAPD: desconhecidos.
  • Efeitos da hemofiltração arteriovenosa contínua: desconhecidos.
Alerta

SINÔNIMOS

  • COM, CTX, CYT

INDICAÇÕES

  • Tratamento de linfoma de Hodgkin e não-Hodgkin, linfoma de Burkitt, leucemia linfocítica crônica (LLC), leucemia mielógena crônica (LMC), leucemia mielógena aguda (LMA), leucemia linfocítica aguda (LLA), micose fungoide, mieloma múltiplo, neuroblastoma, retinoblastoma, rabdomiossarcoma, sarcoma de Ewing; câncer de mama, testículo, de endométrio, ovário e pulmão e em esquemas de condicionamento para o transplante de medula óssea.

REAÇÕES ADVERSAS

 > 10%

  • Dermatológicas: alopecia, mas o cabelo geralmente volta a crescer, embora possa apresentar uma cor e/ou textura diferente. A perda de cabelo geralmente começa 3 - 6 semanas após o início da terapia;
  • Endócrinas e metabólicas (fertilidade: pode causar esterilidade): interfere na ogênese e na espermatogênese; pode ser irreversível em alguns pacientes; supressão gonadal (amenorreia);
  • Gastrointestinais: náusea e vômito, geralmente começando 6 - 10 horas após a administração; também observa-se a ocorrência de anorexia, diarreia, estomatite e mucosite;
  • Genitourinárias: cistite hemorrágica aguda grave e potencialmente fatal;
  • Hematológicas: a trombocitopenia e a anemia são menos comuns que a leucopenia.

Início: 7 dias, nadir: 10 - 14 dias e recuperação: 21 dias.

1 a 10%

  • Cardiovasculares: rubor facial;
  • Dermatológicas: rash cutâneo;
  • Renais: pode ocorrer síndrome da secreção inadequada de hormônio antidiurético, geralmente com doses > 50 mg/kg (ou 1 g/m²); também foi relatada a ocorrência de necrose tubular renal, a qual geralmente sofre resolução com a suspensão do medicamento;
  • Respiratórias: ocorre congestão nasal quando doses IV são administradas muito rapidamente; os pacientes apresentam lacrimejamento, rinorreia, congestão sinusal e espirros durante ou imediatamente após a infusão;
  • SNC: cefaleia.

< 1% (limitadas a reações importantes ou potencialmente letais)

  • A terapia de alta dose pode causar disfunção cardíaca, a qual se manifesta como ICC; raramente, ocorreu necrose cardíaca ou miocardite hemorrágica, mas ambas podem ser fatais. Ocasionalmente, foram observadas pneumonite intersticial e fibrose pulmonar com altas doses. A ciclofosfamida também pode potencializar a toxicidade cardíaca de antraciclinas. Outras reações adversas incluem colite hemorrágica, escurecimento da pele e das unhas das mãos, fraqueza, hepatotoxicidade, hidradenite écrina neutrofílica, hipersensibilidade da pele radiada, hiperuricemia, hipocalemia, icterícia, mal-estar, necrose tubular renal, necrólise epidérmica tóxica, processo maligno secundário (p.e. carcinoma de bexiga), reações anafiláticas, síndrome de Stevens-Johnson, tontura, ureterite hemorrágica.

INTERAÇÕES MEDICAMENTOSAS

  • A ciclofosfamida pode aumentar os níveis e efeitos de antagonistas da vitamina K, leflunomida, mivacúrio, natalizumabe, suxametônio e vacinas (vírus vivos).
  • Os níveis e efeitos da ciclofosfamida podem ser aumentados por alopurinol, etanercepte, inibidores da CYP2B6 (Fortes e Moderados), pentostatina e trastuzumabe.
  • A ciclofosfamida pode reduzir os níveis e efeitos de antagonistas da vitamina K, glicosídeos cardíacos e vacinas (BCG, vírus inativados e vírus vivos). Os níveis e efeitos da ciclofosfamida podem ser reduzidos por equinácea e indutores da CYP2B6 (Fortes).
  • Pacientes com tumores dependentes de estrogênios devem evitar uso de angélica chinesa e cimicífuga.

 

AJUSTE DA DOSE NA INSUFICIÊNCIA  HEPÁTICA

  • Uma grande fração de ciclofosfamida é eliminada pelo metabolismo hepático.

MONITORIZAÇÃO

  • Hemograma com contagem diferencial e de plaquetas, BUN, ácido úrico, eletrólitos séricos, creatinina sérica.

CONDUTA NUTRICIONAL

  • Náuseas e vômitos: evitar consumir líquidos durante as refeições; não ficar próximo da área do preparo de alimentos; preferir alimentos gelados e/ou em temperatura ambiente e de fácil digestão; ingerir líquidos em pequena quantidade, várias vezes por dia (atenção à hidratação).
  • Anorexia: ingerir alimentos conforme aceitação, em pequenas quantidades (2/2 horas ou 3/3 horas); fracionar as refeições em 4 a 6 vezes ao dia. Elaborar preparações coloridas e variadas, e incluir novos alimentos no cardápio. Consumir alimentos calóricos e, se necessário, utilizar complemento nutricional hipercalórico e hiperprotéico.
  • Diarreia: evitar consumir leites e derivados, frutas e sucos de frutas laxativas, alimentos que contenham grãos ou farinhas integrais, leguminosas e verduras (como: brócolis, couve-flor, couve, alface). Estimular a ingestão de líquidos para evitar a desidratação.
  • Mucosite: evitar os alimentos ácidos, picantes, crocantes, duros, cortantes ou que possam machucar a mucosa; preferir alimentos macios e, se houver necessidade de alteração na consistência, utilizar alimentos pastosos ou líquidos. Não consumir alimentos em temperaturas extremas (muito quente ou muito fria) e bebidas com gás ou alcoólicas. Se necessário, incluir complemento nutricional hipercalórico e hiperprotéico.
  • Neutropenia: redobrar a atenção à higienização e no preparo dos alimentos para evitar infecções; lavar frutas e hortaliças em água corrente e colocá-las em imersão em solução desinfetante com hipoclorito; evitar alimentos mal cozidos ou mal passados. Em alguns casos será necessário restringir alimentos crus (consultar seu médico e/ou nutricionista).
Última atualização: 24/08/2024
© Todos os direitos reservados