Cardiovasculares: hipertensão arterial, hipotensão arterial, hipotensão ou hipertensão ortostática;
Dermatológicas: rash cutâneo;
Endócrinas e metabólicas: hiperuricemia;
Gastrointestinais: anorexia, cólicas abdominais, constipação (e, possivelmente, íleo paralítico secundário à toxicidade neurológica), diarreia, flatulência, náusea (leve), perda de peso, sabor metálico, ulceração oral, vômito;
Geniturinárias: atonia vesical (relacionada à neurotoxicidade), disúria, poliúria, retenção urinária;
Hematológicas: leucopenia (leve), mielossupressão (início: 7 dias; nadir: 10 dias; recuperação: 21 dias), trombocitopenia;
Locais: flebite, irritação e necrose tissular se ocorrer infiltração.
Neuromusculares e esqueléticas: anestesia, câimbras, dor em membros inferiores, dor mandibular, fraqueza, mialgia;
Neuropatia periférica: é frequentemente a toxicidade limitadora da administração da vincristina. Ocorre mais comumente em pacientes acima de 40 anos de idade; geralmente, ocorre após a média de 3 doses semanais, mas pode ocorrer depois de apenas 1 dose. Manifesta-se como perda de reflexos tendinosos profundos em extremidades inferiores, anestesia, formigamento, dor, parestesia dos dedos das mãos e dos pés (distribuição em luva e meia), pé caído ou punho caído;
Oculares: atrofia do nervo óptico, fotofobia;
SNC: cefaleia, confusão mental, crises convulsivas, depressão do SNC, dificuldades motoras, febre, insônia, paralisia dos nervos cranianos.
Importante: a administração intratecal da vincristina causou mortes de modo uniforme; a administração nunca deve ser realizada por essa via.
Os efeitos neurológicos da vincristina podem ser aditivos com os de outros agentes neurotóxicos e de irradiação da medula espinhal.
Evitar uso concomitante de vincristina com natalizumabe e vacinas (BCG e vírus vivos).
A vincristina pode aumentar os níveis e efeitos de antagonistas da vitamina K, leflunomida, mitomicina, natalizumabe e vacinas de vírus vivos.
Os níveis e efeitos da vincristina podem ser aumentados por antibióticos macrolídeos, dasatinibe, itraconazol, lopinavir, inibidores fortes e moderados da CYP3A4, inibidores da glicoproteína P, inibidores da MAO, nifedipino, posaconazol, ritonavir, trastuzumabe e voriconazol.
A vincristina pode reduzir os níveis e efeitos de antagonistas da vitamina K, glicosídeos cardíacos e vacinas BCG, vírus inativados e vivos.
Os níveis e efeitos da vincristina podem ser reduzidos por deferasirox, equinácea, indutores fortes da CYP3A4 e indutores da glicoproteína P.
Não fazer uso de erva-de-são-joão e de fitoterápicos indutores da CYP3A4 devido à redução dos níveis da vincristina.
Mucosite, estomatite ou odinofagia: evitar os alimentos ácidos, picantes, crocantes, duros, cortantes ou que possam machucar a mucosa; preferir alimentos macios e, se houver necessidade de alteração na consistência, utilizar alimentos pastosos ou líquidos. Não consumir alimentos em temperaturas extremas (muito quente ou muito fria) e bebidas com gás ou alcoólicas. Se necessário, incluir complemento nutricional hipercalórico e hiperprotéico.
Diarreia: evitar consumir leites e derivados, frutas e sucos de frutas laxativas, alimentos que contenham grãos ou farinhas integrais, leguminosas e verduras (como: brócolis, couve-flor, couve, alface). Estimular a ingestão de líquidos para evitar a desidratação.
Anorexia ou perda de peso: ingerir alimentos conforme aceitação, em pequenas quantidades (2/2 horas ou 3/3 horas); fracionar as refeições em 4 a 6 vezes ao dia. Elaborar preparações coloridas e variadas, e incluir novos alimentos no cardápio. Consumir alimentos calóricos e, se necessário, utilizar complemento nutricional hipercalórico e hiperprotéico.
Náuseas e vômitos: evitar consumir líquidos durante as refeições; não ficar próximo da área do preparo de alimentos; preferir alimentos gelados e/ou em temperatura ambiente e de fácil digestão; ingerir líquidos em pequena quantidade, várias vezes por dia (atenção à hidratação).
Constipação/obstipação: consumir alimentos ricos em fibras como: frutas frescas, frutas secas, produtos integrais, leguminosas e hortaliças; ingerir líquidos adequadamente, nos intervalos das refeições, para auxiliar no funcionamento intestinal.