Frequência não definida.
Cardiovasculares: edema;
Dermatológicas: alopecia, alterações cutâneas similares às da dermatomiosite, atrofia cutânea, atrofia ungueal, câncer de pele, descamação, eritema facial, eritema periférico, gangrena, hiperpigmentação, pápulas violetas, pigmentação ungueal, rash cutâneo maculopapular, ressecamento da pele, toxicidades vasculíticas cutâneas, ulcerações vasculíticas;
Endócrinas e metabólicas: hiperuricemia;
Gastrointestinais: anorexia, constipação, diarreia, estomatite, irritação GI e mucosite (potencializadas pela radioterapia), náusea, pancreatite, vômito;
Geniturinárias: disúria (rara);
Hematológicas: citopenias persistentes, eritropoese megaloblástica, hemólise, leucemias secundárias (uso prolongado), macrocitose, mielossupressão (principalmente leucopenia; início: 24 - 48 horas; nadir: 10 dias; recuperação: 7 dias após a suspensão do medicamento; a reversão da contagem leucocitária ocorre rapidamente, mas a da contagem plaquetária pode levar 7 a 10 dias), redução do ferro sérico, trombocitopenia e anemia;
Hepáticas: aumento de enzimas hepáticas, hepatotoxicidade;
Neuromusculares e esqueléticas: fraqueza, neuropatia periférica;
Renais: aumento de BUN, aumento de creatinina;
Respiratórias: dispneia, fibrose pulmonar, infiltrados pulmonares difusos agudos;
SNC: alucinações, calafrios, cefaleia, crises convulsivas, desorientação, febre, malestar, sonolência (relacionada à dose), tontura.
Hemograma com contagem diferencial e plaquetas, provas de função renal e função hepática, uricemia.
Pacientes diagnosticados com anemia falciforme devem ser monitorizados a cada 2 semanas. Se ocorrer toxicidade, suspender o tratamento até a recuperação da medula óssea e reiniciar com uma dose menor do que a que produziu a toxicidade (2,5 mg/kg/dia). Se não ocorrer toxicidade nas 12 semanas seguintes, a dose subsequente deve ser aumentada em 2,5 mg/kg/dia. A menor dose de hidroxiureia alternada com eritropoetina pode diminuir a mielotoxicidade e aumentar os níveis de hemoglobina fetal em pacientes que não foram beneficiados pela hidroxiureia isoladamente.
Faixa aceitável: neutrófilos ≥ 2.500 células/mm³, plaquetas ≥ 95.000/mm³, hemoglobina > 5,3 g/dL e reticulócitos ≥ 95.000/mm³, se a concentração de hemoglobina for < 9 g/dL.
Faixa tóxica: neutrófilos < 2.000 células/mm³, plaquetas < 80.000/mm³, hemoglobina < 4,5 g/dL e reticulócitos < 80.000/mm³, se a concentração de hemoglobina for < 9 g/dL.
Anorexia: ingerir alimentos conforme aceitação, em pequenas quantidades (2/2 horas ou 3/3 horas); fracionar as refeições em 4 a 6 vezes ao dia. Elaborar preparações coloridas e variadas, e incluir novos alimentos no cardápio. Consumir alimentos calóricos e, se necessário, utilizar complemento nutricional hipercalórico e hiperprotéico.
Constipação/obstipação: consumir alimentos ricos em fibras como: frutas frescas, frutas secas, produtos integrais, leguminosas e hortaliças; ingerir líquidos adequadamente, nos intervalos das refeições, para auxiliar no funcionamento intestinal.
Diarreia: evitar consumir leites e derivados, frutas e sucos de frutas laxativas, alimentos que contenham grãos ou farinhas integrais, leguminosas e verduras (como: brócolis, couve-flor, couve, alface). Estimular a ingestão de líquidos para evitar a desidratação.
Mucosite ou Odinofagia: evitar os alimentos ácidos, picantes, crocantes, duros, cortantes ou que possam machucar a mucosa; preferir alimentos macios e, se houver necessidade de alteração na consistência, utilizar alimentos pastosos ou líquidos. Não consumir alimentos em temperaturas extremas (muito quente ou muito fria) e bebidas com gás ou alcoólicas. Se necessário, incluir complemento nutricional hipercalórico e hiperprotéico.
Náuseas e vômitos: evitar consumir líquidos durante as refeições; não ficar próximo da área do preparo de alimentos; preferir alimentos gelados e/ou em temperatura ambiente e de fácil digestão; ingerir líquidos em pequena quantidade, várias vezes por dia (atenção à hidratação).
Neutropenia: redobrar a atenção à higienização e no preparo dos alimentos para evitar infecções; lavar frutas e hortaliças em água corrente e colocá-las em imersão em solução desinfetante com hipoclorito; evitar alimentos mal cozidos ou mal passados. Em alguns casos será necessário restringir alimentos crus (consultar seu médico e/ou nutricionista).
Anemia: aumentar o consumo de alimentos de origem animal, fontes de ferro como: carnes bovinas, aves, peixes e fígado de boi ou de galinha. Ingerir também alimentos vegetais, fontes de ferro como: leguminosas, frutas secas, vegetais de cor verde escuro. Evitar consumir, ao mesmo momento, de outros alimentos que prejudiquem a absorção de ferro, como por exemplo: chá preto, café, farelo de trigo, chocolate e alimentos ricos em cálcio (leite e derivados). Consumir alimentos ricos em vitamina C (laranja, limão, abacaxi, acerola e kiwi) pois auxiliam na absorção do ferro de alimentos de origem vegetal.