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Antineoplásico/ Imunomodulador
BORTEZOMIBE

Velcade 3,5 mg/frasco injetável (contém 35 mg de manitol)

Posologia

Consultar os protocolos individuais por doença

PRÉ-MEDICAÇÃO

Pode ser incorporado ao esquema de Baixo Potencial, se necessário:

  • Dexametasona 8 - 12 mg, VO ou IV, em cada dia do ciclo ou metoclopramida 10 - 20 mg, VO ou IV, a cada 6 horas.
  • Opcional: lorazepam 0,5 - 2 mg, VO, a cada 4 ou 6 horas, s/n, D1 a D4 e omeprazol ou ranitidina.
  • Monitorizar reações distônicas; usar difenidramina 25 - 50 mg, VO ou IV, a cada 4 - 6 horas para reações distônicas.

PREPARO/ADMINISTRAÇÃO

  • Reconstituição: Reconstituir cada frasco com 3,5 mL de SF (1 mg/mL).
  • Estabilidade após  reconstituição: Ainda que o fabricante recomende o uso de 8 horas, a solução pode ser armazenada em TA por até 3 dias, ou sob refrigeração (2º - 8º C) por até 5 dias, em frasco ou seringa. Proteger da luz.
  • Tempo de Infusão: Administrar sob a forma de bôlus rápido (3 - 5 segundos).

POTENCIAL VESICANTE/IRRITANTE

  • Pode ser irritante
Ajuste Renal
  • ​Nenhuma recomendação especificada pelo fabricante. Utilizar com cautela.
Alerta

​INDICAÇÕES

  • Tratamento do mieloma múltiplo, linfoma de células da zona do manto.

POTENCIAL EMETOGÊNICO

  • Mínimo (<10%)

REAÇÕES ADVERSAS

> 10%

  • Cardiovasculares: edema, hipotensão arterial;
  • Dermatológicas: rash cutâneo, prurido;
  • Endócrinas e metabólicas: desidratação;
  • Gastrointestinais: diarreia, náusea, constipação, anorexia, vômito, dor abdominal, dispepsia, paladar anormal;
  • Hematológicas: trombocitopenia, anemia, neutropenia;
  • Neuromusculares e esqueléticas: fraqueza, neuropatia periférica, parestesia, artralgia, dor nos membros, ostealgia, dorsalgia ou lombalgia, câimbras musculares, mialgia, rigidez;
  • Oculares: turvamento da visão;
  • Respiratórias: dispneia, tosse, infecção do trato respiratório inferior, infecção do trato respiratório superior, nasofaringite, pneumonia;
  • SNC: febre, distúrbio psiquiátrico, disestesia, cefaleia, tontura, insônia, ansiedade;
  • Miscelânea: infecções pelo vírus da herpes.

1 a 10%

  • Cardiovasculares: síncope;
  • Endócrinas e metabólicas: hipercalcemia.

Frequência não definida (limitadas a reações importantes ou potencialmente letais)

  • Amiloidose cardíaca, anafilaxia, angina, angioedema, ascite, aspergilose, ataque isquêmico passageiro, atelectasia, AVC, AVC (hemorrágico), bacteremia, bloqueio AV, bradicardia, candidíase oral, choque cardiogênico, choque séptico, cistite hemorrágica, CIVD, colestase, colite isquêmica, coma, compressão medular, confusão mental, crises convulsivas, derrame pericárdico, derrame pleural, diplopia, disautonomia, disfagia, doença pulmonar infiltrativa difusa aguda, duodenite (hemorrágica), edema facial, edema laríngeo, edema pulmonar, embolia, embolia pulmonar, encefalopatia, epistaxe, eritema no local da injeção, estomatite, febre neutropênica, fibrilação atrial, flutter atrial, fratura, gastrenterite, gastrite (hemorrágica), glomerulonefrite proliferativa, hematêmese, hematoma subdural, hematúria, hemoptise, hemorragia cerebral, hemorragia hepática, hepatite, hiperbilirubinemia, hipercalemia ou hipocalemia, hiperglicemia ou hipoglicemia, hipernatremia ou hiponatremia, hipersensibilidade, hipersensibilidade imunológica complexa, hipertensão pulmonar, hiperuricemia, hipocalcemia, hipóxia, ICC, idéias suicidas, íleo paralítico, impactação fecal, infarto do miocárdio, ITU, incontinência urinária, insuficiência hepática, insuficiência renal, insuficiência respiratória, isquemia miocárdica, linfopenia, listeriose, litíase renal, melena, meningoencefalite devido ao vírus do herpes, necrólise epidérmica tóxica, nefrite glomerular, neuralgia, obstrução intestinal, pancreatite, parada cardíaca, parada sinusal, paralisia craniana, paraplegia, perfuração intestinal, pericardite, peritonite, pneumonia, pneumonite, prolongamento do QTc, psicose, reação alérgica, retenção urinária, sepse, síndrome da angústia respiratória aguda, síndrome da leucoencefalopatia posterior reversível, síndrome da lise tumoral, surdez, tamponamento cardíaco, taquicardia ventricular, torsade de pointes, toxoplasmose, trombose de veia porta, trombose venosa profunda, urticária, vasculite leucocitoclástica, vertigem.

INTERAÇÕES MEDICAMENTOSAS

  • O bortezomibe pode aumentar os níveis e efeitos de substratos da CYP2C19. Os níveis e efeitos do bortezomibe podem ser aumentados por dasatinibe, inibidores fortes e moderados da CYP2C19 e da CYP3A4.
  • O bortezomibe pode reduzir os níveis e efeitos de clopidogrel.
  • Os níveis e efeitos do bortezomibe podem ser reduzidos por ácido ascórbico, alfapeginterferona 2b, chá verde, deferasirox, fitoterápicos indutores da CYP3A4, indutores fortes da CYP2C19 e da CYP3A4. Evitar uso de erva-de-são-joão pois pode diminuir os níveis do bortezomibe.

AJUSTE DE DOSE EM TOXICIDADE

  • Grau 3 não-hematológico (excluindo neuropatia) ou grau 4 com toxicidade hematológica: suspender até a toxicidade cessar; pode ser reiniciada com dose reduzida em 25%.
  • Dor neuropática e/ou neuropatia sensorial periférica: grau 1 sem dor ou perda da função: nenhuma ação necessária; grau 1 com dor ou grau 2 que interfere com a função, mas não com as atividades diárias: reduzir a dose para 1 mg/m²; grau 2 com dor ou grau 3 que interfere com as atividades diárias: suspender até a toxicidade cessar; pode ser reiniciada com 0,7 mg/m², 1 vez/ semana. Grau 4: interromper a terapia.

MONITORIZAÇÃO

  • Sinais ou sintomas de neuropatia periférica, desidratação ou hipotensão arterial; hemograma completo com contagem diferencial e plaquetas (monitorizar frequentemente durante a terapia); função renal, função pulmonar (com aparecimento ou piora dos sintomas pulmonares); provas de função hepática (em pacientes com comprometimento hepático existente).

CONDUTA NUTRICIONAL

  • Diarreia: evitar consumir leites e derivados, frutas e sucos de frutas laxativas, alimentos que contenham grãos ou farinhas integrais, leguminosas e verduras (como: brócolis, couve-flor, couve, alface). Estimular a ingestão de líquidos para evitar a desidratação.
  • Falta de apetite ou alteração de paladar: ingerir alimentos conforme aceitação, em pequenas quantidades (2/2 horas ou 3/3 horas); fracionar as refeições em 4 a 6 vezes ao dia. Elaborar preparações coloridas e variadas, e incluir novos alimentos no cardápio. Consumir alimentos calóricos e, se necessário, utilizar complemento nutricional hipercalórico e hiperprotéico.
  • Náuseas e vômitos: evitar consumir líquidos durante as refeições; não ficar próximo da área do preparo de alimentos; preferir alimentos gelados e/ou em temperatura ambiente e de fácil digestão; ingerir líquidos em pequena quantidade, várias vezes por dia (atenção à hidratação).
  • Constipação/obstipação: consumir alimentos ricos em fibras como: frutas frescas, frutas secas, produtos integrais, leguminosas e hortaliças; ingerir líquidos adequadamente nos intervalos das refeições para auxiliar no funcionamento intestinal.
  • Neutropenia: redobrar a atenção à higienização e no preparo dos alimentos para evitar infecções; lavar frutas e hortaliças em água corrente e colocá-las em imersão em solução desinfetante com hipoclorito; evitar alimentos mal cozidos ou mal passados. Em alguns casos será necessário restringir alimentos crus (consultar seu médico e/ou nutricionista).
  • Anemia: aumentar o consumo de alimentos de origem animal, fontes de ferro como: carnes bovinas, aves, peixes e fígado de boi ou de galinha. Ingerir também alimentos vegetais, fontes de ferro como: leguminosas, frutas secas, vegetais de cor verde escuro. Evitar consumir, ao mesmo momento, outros alimentos que prejudiquem a absorção de ferro, como por exemplo: chá preto, café, farelo de trigo, chocolate e alimentos ricos em cálcio (leite e derivados). Consumir alimentos ricos em vitamina C (laranja, limão, abacaxi, acerola e kiwi) pois auxiliam na absorção do ferro de alimentos de origem vegetal.
Última atualização: 29/09/2016
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