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Antineoplásico/ Imunomodulador
BRENTUXIMABE VEDOTINA

Adcetris 50mg FAP

Posologia

Consultar os protocolos individuais por doença

PRÉ-MEDICAÇÃO

  • Dexametasona 12 mg, VO ou IV, em cada dia do ciclo ou metoclopramida 10 - 20 mg, VO ou IV, a cada 6 horas.
  • Opcional: lorazepam 0,5 - 2 mg, VO, a cada 4 ou 6 horas, s/n, D1 a D4 e omeprazol ou ranitidina.
  • Monitorizar reações distônicas; usar difenidramina 25 - 50mg, VO ou IV, a cada 4 - 6 horas para reações distônica
  • Difenidramina 50 mg, IV.
  • Paracetamol 750 mg, VO.

REPARO/ADMINISTRAÇÃO

Nota: pacientes com peso > que 100 kg, considerar o cálculo para 100 kg.

  • Reconstituição: Reconstituir com 10,5 mL de água para injeção, colocar o diluente devagar na parede do frasco. Não agitar, homogeneizar suavemente. Concentração após reconstituição é de 5 mg/mL.
  • Diluição: No mínimo 100 mL de SG 5% ou SF ou ringer lactato em uma concentração de 0,4 a 1,8 mg/mL. Homogeneizar invertendo a bolsa delicadamente.
  • Estabilidade após reconstituição: 24 horas sob refrigeração (2 a 8ºC).
  • Estabilidade após a diluição: Armazenado por até 24 horas sob refrigeração (incluindo o tempo da preparação).
  • Tempo de Infusão: IV superior a 30 minutos. Não administrar na forma de bôlus.
Ajuste Renal
  • ​Nenhuma recomendação especificada pelo fabricante. Utilizar com cautela
Alerta

INDICAÇÕES

  • Tratamento de Linfoma de Hodgkin

POTENCIAL EMETOGÊNICO

  • Baixo (10 – 30 %)

POTENCIAL ANAFILÁTICO

  • Médio    
REAÇÕES ADVERSAS

> 10%

  • Cardiovasculares: edema periférico;
  • Sistema Nervoso Central: fadiga, febre, dor, dor de cabeça, insônia, tontura, calafrios, ansiedade;
  • Dermatológicas: rash, prurido, alopecia;
  • Gastrointestinais: náusea, diarreia, dor abdominal, vômito, constipação, diminuição do apetite, perda de peso;
  • Hematológicas: neutropenia, anemia, trombocitopenia;
  • Neuromusculares e esqueléticas: neuropatia sensorial periférica, artralgia, mialgia, neuropatia motora periférica, dor nas costas;
  • Respiratórias: infecção do trato urinário superior, tosse, dispneia, dor orofaríngea;
  • Miscelâneas: reação infusional, suores noturnos, linfadenopatia.

1 a 10%

  • Cardiovasculares: arritmia supraventricular;
  • Dermatológicas: pele ressecada;
  • Geniturinárias: infecção do trato urinário;
  • Neuromusculares e esqueléticas: dor no membro, espasmos musculares;
  • Renal: pielonefrite;
  • Respiratórias: pneumonite, pneumotórax, embolia pulmonar;
  • Miscelâneas: formação de anticorpo anti-brentuximabe, choque séptico.

< 1% (limitadas a reações importantes ou potencialmente letais)

  • Anafilaxia, leucoencefalopatia multifocal progressiva (LMP), síndrome de Stevens-Johnson, taquicardia, síndrome da lise tumoral.

INTERAÇÕES MEDICAMENTOSAS

  • O agente antimicrotúbulo monometil auristatin E (MMAE) do brentuximabe vedotin é um substrato da CYP 3A4/5.
  • Estudos in vitro demonstraram que a coadministração de brentuximabe com cetoconazol (inibidor potente da CYP3A4) aumenta a exposição para o MMAE, o que ressalta o monitorização das reações do paciente ao medicamento. Já a coadministração de brentuximabe com rifampicina (indutor da CYP3A4), reduz a exposição ao MMAE.
  • Clinicamente, não é esperado que o brentuximabe altere a exposição de outros substratos da CYP3A4, como o midazolam.

AJUSTE DE DOSE EM TOXICIDADE

  • Toxicidade Hematológica: Neutropenia grau 3 ou 4: interromper o tratamento até que grau <= 2 ou basal; considerar suporte com fator de crescimento nos ciclos subsequentes.
  • Neutropenia grau 4 recorrente (apesar do uso de suporte com fator de crescimento): considerar a redução da dose para 1,2 mg/kg ou descontinuar o tratamento.
  • Toxicidade Não-Hematológica: Anafilaxia: descontinuar imediatamente e permanentemente.
  • Reação Infusional: interromper a infusão e administrar medicamento apropriado para intervenção. Pré-medicar nas infusões subsequentes com paracetamol, um anti-histamínico e/ou um corticoide.
  • Neuropatia Periférica, nova ou agravamento de grau 2 ou 3: interromper o tratamento até melhorar ou diminuir para grau 1 ou basal. Em seguida, reiniciar com dose reduzida para 1,2 mg/kg.
  • Neuropatia periférica, grau 4: descontinuar o tratamento.
  • Síndrome de Stevens-Johnson: descontinuar e administrar medicamento apropriado para intervenção.

MONITORIZAÇÃO

  • Hemograma com contagem diferencial antes de cada dose (mais frequente se indicação clínica). Monitorizar reação infusional, síndrome da lise tumoral e por sinais de neuropatia (hiperestesia, parestesia, desconforto, sensação de ardor ou dor neuropática ou fraqueza).

 CONDUTA NUTRICIONAL

  • Náuseas e vômitos: evitar consumir líquidos durante as refeições; não ficar próximo da área do preparo de alimentos; preferir alimentos gelados e/ou em temperatura ambiente e de fácil digestão; ingerir líquidos em pequena quantidade várias vezes por dia (atenção à hidratação).
  • Constipação/obstipação: consumir alimentos ricos em fibras como: frutas frescas, frutas secas, produtos integrais, leguminosas e hortaliças; ingerir líquidos adequadamente nos intervalos das refeições para auxiliar no funcionamento intestinal.
  • Anorexia ou perda de peso: ingerir alimentos conforme aceitação, em pequenas quantidades (2/2 horas ou 3/3 horas); fracionar as refeições em 4 a 6 vezes ao dia. Elaborar preparações coloridas e variadas, e incluir novos alimentos no cardápio. Consumir alimentos calóricos e, se necessário, utilizar complemento nutricional hipercalórico e hiperprotéico.
  • Diarreia: evitar consumir leites e derivados, frutas e sucos de frutas laxativas, alimentos que contenham grãos ou farinhas integrais, leguminosas e verduras (como: brócolis, couve-flor, couve, alface). Estimular a ingestão de líquidos para evitar a desidratação.
Última atualização: 29/09/2016
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