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Antineoplásico/ Imunomodulador
CAPECITABINA

Xeloda 500mg comprimido​ revestido

Contém óxido de ferro amarelo, óxido férrico (óxido de ferro vermelho)

Posologia

Consultar os protocolos individuais por doença

PRÉ-MEDICAÇÃO

Se necessário:

  • Metoclopramida 10 - 20 mg, VO, a cada 6 horas, s/n.
  • Opcional: lorazepam 0,5 - 2 mg, VO, a cada 4 ou 6 horas, s/n e omeprazol ou ranitidina.
  • Monitorizar reações distônicas; usar difenidramina 25 - 50 mg, VO ou IV, a cada 4 - 6 horas para reações distônicas.

PREPARO/ADMINISTRAÇÃO

  • Administrar os comprimidos em 2 doses divididas, com intervalos de 12 horas.
  • As doses devem ser administradas com água em até 30 minutos após uma refeição.
  • Diluição: Para solução oral, adicionar 2000 mg em 200 mL de água. Administrar a solução oral imediatamente após a preparação, 30 minutos após uma refeição.
Ajuste Renal
  • ​Nenhum ajuste na dose inicial deve ser feita caso Clcr for entre 51 - 80 mL/min.
  • Administrar 75% da dose usual caso Clcr for entre 30 - 50 mL/min.
  • A terapia com capecitabina é contraindicada quando Clcr < 30 mL/min.
Alerta

INDICAÇÕES

  • Tratamento do câncer colorretal, terapia adjuvante do câncer de cólon C da classificação de Duke, tratamento do câncer de mama.

POTENCIAL EMETOGÊNICO

  • Mínimo a baixo.

REAÇÕES ADVERSAS

> 10%

  • Cardiovasculares: edema;
  • Dermatológicas: eritrodisestesia palmo-plantar (pode ser limitadora da dose), dermatite;
  • Gastrointestinais: diarreia, náusea, vômito, dor abdominal, redução do apetite, estomatite, anorexia, constipação;
  • Hematológicas: linfopenia, anemia, neutropenia, trombocitopenia;
  • Hepáticas: aumento de bilirrubinas;
  • Neuromusculares e esqueléticas: parestesia;
  • Oculares: irritação ocular;
  • Respiratórias: dispneia;
  • SNC: fadiga, febre, dor.

 

5 a 10%

  • Cardiovasculares: trombose venosa, dor torácica;
  • Dermatológicas: alteração da cor da pele, distúrbios ungueais, rash cutâneo, alopecia, eritema;
  • Endócrinas e metabólicas: desidratação;
  • Gastrointestinais: desconforto oral, distúrbio de motilidade, distúrbios inflamatórios do trato GI superior, dispepsia, alteração do paladar, hemorragia, íleo paralítico;
  • Neuromusculares e esqueléticas: dorsalgia e/ou lombalgia, fraqueza, neuropatia, mialgia, artralgia, dor em membros;
  • Oculares: conjuntivite, visão anormal;
  • Respiratórias: tosse;
  • SNC: letargia, cefaleia, insônia, tontura, alteração do humor, depressão;
  • Miscelânea: infecção viral.

< 5% (limitadas a reações importantes ou potencialmente letais)

  • Alterações eletrocardiográficas, angina, angústia respiratória, arritmia, ascite, asma, AVC, bradicardia, broncoespasmo, broncopneumonia, bronquite, candidíase oral, caquexia, ceratoconjuntivite, colestase, colite, comprometimento renal, derrame pericárdico, diaforese, disfagia, distúrbio da coagulação, duodenite, embolia pulmonar, encefalopatia, enterocolite necrotizante, epistaxe, estenose do canal lacrimal, extrassístoles ventriculares, fibrilação atrial, fibrose hepática, gastroenterite, gastrite, hematêmese, hemoptise, hepatite, hipersensibilidade, hipertensão ou hipotensão arterial, hipertrigliceridemia, hipocalemia, hipomagnesemia, íleo paralítico, infarto do miocárdio, infecção, infecção fúngica, insuficiência cardíaca, insuficiência hepática, isquemia miocárdica, leucopenia, linfedema, megacólon tóxico, miocardiopatia, miocardite, obstrução intestinal (~1%), pancitopenia, parada cardíaca, perda de consciência, pneumonia, prurido, púrpura trombocitopênica, púrpura trombocitopênica idiopática, reação de fotossensibilidade, sedação, sepse, síndrome da pele irradiada, taquicardia, tremores, tromboflebite, TVP, úlcera gástrica, ulceração cutânea.

INTERAÇÕES MEDICAMENTOSAS

  • A capecitabina pode aumentar os níveis e efeitos de antagonistas da vitamina K, carvedilol, fenitoína, leflunomida, natalizumabe, substratos da CYP2C9 (alto risco) e vacinas (vírus vivos).
  • Os níveis e efeitos da capecitabina podem ser aumentados por leucovorina-levoleucovorina e trastuzumabe.
  • A capecitabina pode reduzir os níveis e efeitos de vacinas (BCG, vírus inativados e vírus vivos).
  • Os níveis e efeitos da capecitabina podem ser reduzidos por equinácea. Ingestão concomitante a alimentos reduz a taxa e a extensão da absorção da capecitabina.

 

AJUSTE DA DOSE NA INSUFICIÊNCIA HEPÁTICA

  • Pacientes com comprometimento hepático leve a moderado devem ser cuidadosamente monitorizados mas nenhum ajuste da dose inicial se faz necessário. Não há estudos em pacientes com comprometimento hepático grave.
  • Diretivas de modificação da dose: ver tabela.
  • Consultar a bula para modificações quando administrada em combinação com o docetaxel

MODIFICAÇÕES RECOMENDADAS DA DOSE

Tabela.png 

MONITORIZAÇÃO

  • A função renal deve ser avaliada no início do tratamento para determinar a dose inicial. Durante a terapia, monitorizar o hemograma completo com contagem diferencial, provas de função hepática e de função renal.

CONDUTA NUTRICIONAL

  • Diarreia: evitar consumir leites e derivados, frutas e sucos de frutas laxativas, alimentos que contenham grãos ou farinhas integrais, leguminosas e verduras (como: brócolis, couve-flor, couve, alface). Estimular a ingestão de líquidos para evitar a desidratação.
  • Náuseas e vômitos: evitar consumir líquidos durante as refeições; não ficar próximo da área do preparo de alimentos; preferir alimentos gelados e/ou em temperatura ambiente e de fácil digestão; ingerir líquidos em pequena quantidade, várias vezes por dia (atenção à hidratação).
  • Falta de apetite: ingerir alimentos conforme aceitação, em pequenas quantidades (2/2 horas ou 3/3 horas); fracionar as refeições em 4 a 6 vezes ao dia. Elaborar preparações coloridas e variadas, e incluir novos alimentos no cardápio. Consumir alimentos calóricos e, se necessário, utilizar complemento nutricional hipercalórico e hiperprotéico.
  • Estomatite: evitar os alimentos ácidos, picantes, crocantes, duros, cortantes ou que possam machucar a mucosa; preferir alimentos macios e, se houver necessidade de alteração na consistência, utilizar alimentos pastosos ou líquidos. Não consumir alimentos em temperaturas extremas (muito quente ou muito fria) e bebidas com gás ou alcoólicas. Se necessário, incluir complemento nutricional hipercalórico e hiperprotéico.
  • Constipação/obstipação: consumir alimentos ricos em fibras como: frutas frescas, frutas secas, produtos integrais, leguminosas e hortaliças; ingerir líquidos adequadamente nos intervalos das refeições para auxiliar no funcionamento intestinal.
  • Neutropenia: redobrar a atenção à higienização e no preparo dos alimentos para evitar infecções; lavar frutas e hortaliças em água corrente e colocá-las em imersão em solução desinfetante com hipoclorito; evitar alimentos mal cozidos ou mal passados. Em alguns casos será necessário restringir alimentos crus (consultar seu médico e/ou nutricionista).
  • Anemia: aumentar o consumo de alimentos de origem animal, fontes de ferro como: carnes bovinas, aves, peixes e fígado de boi ou de galinha. Ingerir também alimentos vegetais, fontes de ferro como: leguminosas, frutas secas, vegetais de cor verde escuro. Evitar consumir, ao mesmo momento, outros alimentos que prejudiquem a absorção de ferro, como por exemplo: chá preto, café, farelo de trigo, chocolate e alimentos ricos em cálcio (leite e derivados). Consumir alimentos ricos em vitamina C (laranja, limão, abacaxi, acerola e kiwi) pois auxiliam na absorção do ferro de alimentos de origem vegetal.

 

 

 

 

Última atualização: 29/09/2016
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