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Antineoplásico/ Imunomodulador
CLORIDRATO DE GENCITABINA

Gemzar 1g injetável

Gemzar 200mg injetável

Posologia

​Consultar os protocolos individuais por doença

POTENCIAL EMETOGÊNICO

  • Baixo (10 - 30%)

PRÉ-MEDICAÇÃO

  • Dexametasona 8 - 12 mg, VO ou IV, em cada dia do ciclo ou metoclopramida 10 - 20 mg, VO ou IV, a cada 6 horas.
  • Opcional: lorazepam 0,5 - 2 mg, VO, a cada 4 ou 6 horas, s/n, D1 a D4 e omeprazol ou ranitidina.
  • Monitorizar reações distônicas; usar difenidramina 25 - 50 mg, VO ou IV, a cada 4 - 6 horas para reações distônicas.

PREPARO/ADMINISTRAÇÃO

  • Reconstituição: Reconstituir com SF na concentração recomendada de 38 mg/mL. Frasco de 200 mg em 5 mL e frasco de 1000 mg em 25 mL.
  • Diluição: 50 - 500 mL de SF ou SG 5% a uma concentração menor que 0,1 mg/mL. Estabilidade: após reconstituição e diluição é de 24 horas TA. Não refrigerar devido ao risco de cristalização.
  • Tempo de Infusão: Infusão durante 60 minutos.

Nota: foi demonstrado que o prolongamento do tempo de infusão para mais de 60 minutos e a administração mais frequente do que 1 vez por semana aumentam a toxicidade.

POTENCIAL VESICANTE/IRRITANTE

  • Irritante
Ajuste Renal
  • ​Utilizar com cautela pois a gencitabina não foi estudada em pacientes com disfunção renal
Alerta

SINÔNIMOS

  • Cloridrato de gencitabina

INDICAÇÕES

  • Tratamento do câncer de mama; câncer pulmonar localmente avançado ou metastático de células não-pequenas ou câncer de pâncreas; recorrência do câncer de ovário.

REAÇÕES ADVERSAS

> 10%

  • Cardiovasculares: edema periférico, edema;
  • Dermatológicas: rash cutâneo, alopecia, prurido;
  • Gastrointestinais: náusea ou vômito, constipação, diarreia, estomatite;
  • Hematológicas: anemia, leucopenia neutropenia trombocitopenia, hemorragia; a mielossupressão é a toxicidade limitadora da dose;
  • Hepáticas: aumento de transaminases, aumento da fosfatase alcalina, aumento de bilirrubinas;
  • Renais: proteinúria, hematúria, aumento de BUN;
  • Respiratórias: dispneia;
  • SNC: dor febre, sonolência;
  • Miscelânea: síndrome similar à gripe, infecção; graus 3 e 4.

1 a 10%

  • Locais: reações no local da injeção;
  • Neuromusculares e esqueléticas: parestesia;
  • Renais: aumento de creatinina;
  • Respiratórias: broncoespasmo.

< 1% (limitadas a reações importantes ou potencialmente letais; Relatadas com o uso de um único agente ou com a terapia combinada, todos com ocorrência rara)

  • Anorexia, arritmias, arritmias supraventriculares, aumento de gama-GT, AVC, calafrios, cefaleia, celulite, descamação, diaforese, edema pulmonar, erupções cutâneas bolhosas, fibrose pulmonar, fraqueza, gangrena, hipertensão arterial, ICC, infarto do miocárdio, insônia, insuficiência hepática, insuficiência renal, insuficiência respiratória, mal-estar, petéquias, pneumonite intersticial, reação anafilactoide, reação hepatotóxica (rara), rinite, SARA, sensibilidade da pele irradiada, sepse, síndrome hemolítico-urêmica, tosse, vasculite periférica.

INTERAÇÕES MEDICAMENTOSAS

  • A gencitabina pode aumentar os níveis e efeitos da fluoruracila.
  • A gencitabina pode aumentar os efeitos pulmonares adversos da bleomicina.
  • Evitar o uso de etanol devido à irritação GI.

AJUSTE DE DOSE EM INSUFICIÊNCIA  HEPÁTICA

  • Utilizar com cautela pois a gencitabina não foi estudada em pacientes com disfunção hepática importante.

AJUSTE DA DOSE NA TOXICIDADE

Câncer de pâncreas:

Toxicidade hematológica:

  • Contagem absoluta de granulócitos ≥ 1.000 × 106/L e contagem plaquetária ≥ 100.000 × 106/L: administrar 100% da dose completa.
  • Contagem absoluta de granulócitos entre 500 e 999 × 106/L ou contagem plaquetária entre 50.000 e 90.000 × 106/L: administrar 75% da dose completa.
  • Contagem absoluta de granulócitos < 500 × 106/L ou contagem plaquetária < 50.000 × 106/L: suspender a dose.

Câncer pulmonar de células não-pequenas:

Toxicidade hematológica:

  • Consultar diretivas para o câncer de pâncreas. A dose da cisplatina também pode ter de ser ajustada.

Toxicidade não hematológica grave (graus 3 ou 4; excetuando-se alopecia, náusea e vômito):

  • Suspender o medicamento ou diminuir a dose em 50%.

Câncer de mama:

Toxicidade hematológica: ajustes baseados na contagem de granulócitos e de plaquetas no dia 8:

  • Contagem absoluta de granulócitos ≥ 1.200 × 106/L e contagem plaquetária > 75.000 × 106/L: administrar 100% da dose completa.
  • Contagem absoluta de granulócitos entre 1.000 e 1.199 × 106/L ou contagem plaquetária de 50.000 - 75.000 × 106/L: administrar 75% da dose completa.
  • Contagem absoluta de granulócitos entre 700 e 999 × 106/L e contagem plaquetária ≥ 50.000 × 106/L: administrar 50% da dose completa.
  • Contagem absoluta de granulócitos < 700 × 106/L ou contagem plaquetária < 50.000 × 106/L: suspender a dose.

Toxicidade não hematológica grave (graus 3 ou 4; excetuando-se alopecia, náusea e vômito):

  • Suspender ou diminuir a dose em 50%. A dose do paclitaxel também pode ter de ser ajustada.

Câncer de ovário:

Toxicidade hematológica: ajustes baseados na contagem de granulócitos e de plaquetas no dia 8:

  • Contagem absoluta de granulócitos ≥ 1.500 × 106/L e contagem plaquetária ≥ 100.000 × 106/L: administrar 100% da dose completa.
  • Contagem absoluta de granulócitos entre 1.000 e 1.499 × 106/L e/ou contagem plaquetária entre 75.000 e 99.999 × 106/L: administrar 50% da dose completa.
  • Contagem absoluta de granulócitos < 1.000 × 106/L e/ou contagem plaquetária < 75.000 × 106/L: suspender a dose.

Toxicidade não hematológica grave (graus 3 ou 4; excetuando-se náusea e vômito):

  • Suspender ou diminuir a dose em 50%. A dose da carboplatina também pode necessitar de ajuste.

Ajuste da dose para ciclos subsequentes:

  • Contagem absoluta de granulócitos < 500 × 106/L por mais de 5 dias, contagem absoluta de granulócitos < 100 × 106/L por mais de 3 dias, febre neutropênica, contagem plaquetária < 25.000 × 106/L: retardar o ciclo por mais de 1 semana em razão da toxicidade; reduzir a gencitabina para 800 mg/m² nos dias 1 e 8.

Para a recorrência de qualquer uma das toxicidades citadas acima após redução da dose inicial:

  • Administrar 800 mg de gencitabina/m² no dia 1 somente no ciclo subsequente.

MONITORIZAÇÃO

  • Hemograma com contagem diferencial e plaquetária (antes de cada dose); funções hepática e renal (antes do início da terapia e depois periodicamente);
  • Monitorizar os eletrólitos, incluindo potássio, magnésio e cálcio (quando em terapia combinada com cisplatina).

CONDUTA NUTRICIONAL

  • Náuseas e vômitos: evitar consumir líquidos durante as refeições; não ficar próximo da área do preparo de alimentos; preferir alimentos gelados e/ou em temperatura ambiente e de fácil digestão; ingerir líquidos em pequena quantidade, várias vezes por dia (atenção à hidratação).
  • Constipação/obstipação: consumir alimentos ricos em fibras como: frutas frescas, frutas secas, produtos integrais, leguminosas e hortaliças; ingerir líquidos adequadamente nos intervalos das refeições para auxiliar no funcionamento intestinal.
  • Diarreia: evitar consumir leites e derivados, frutas e sucos de frutas laxativas, alimentos que contenham grãos ou farinhas integrais, leguminosas e verduras (como: brócolis, couve-flor, couve, alface). Estimular a ingestão de líquidos para evitar a desidratação.
  • Mucosite ou Odinofagia: evitar os alimentos ácidos, picantes, crocantes, duros, cortantes ou que possam machucar a mucosa; preferir alimentos macios e, se houver necessidade de alteração na consistência, utilizar alimentos pastosos ou líquidos. Não consumir alimentos em temperaturas extremas (muito quente ou muito fria) e bebidas com gás ou alcoólicas. Se necessário, incluir complemento nutricional hipercalórico e hiperprotéico.
  • Neutropenia: redobrar a atenção à higienização e no preparo dos alimentos para evitar infecções; lavar frutas e hortaliças em água corrente e colocá-las em imersão em solução desinfetante com hipoclorito; evitar alimentos mal cozidos ou mal passados. Em alguns casos será necessário restringir alimentos crus (consultar seu médico e/ou nutricionista).
  • Anemia: aumentar o consumo de alimentos de origem animal, fontes de ferro como: carnes bovinas, aves, peixes e fígado de boi ou de galinha. Ingerir também alimentos vegetais, fontes de ferro como: leguminosas, frutas secas, vegetais de cor verde escuro. Evitar consumir, ao mesmo momento, outros alimentos que prejudiquem a absorção de ferro, como por exemplo: chá preto, café, farelo de trigo, chocolate e alimentos ricos em cálcio (leite e derivados). Consumir alimentos ricos em vitamina C (laranja, limão, abacaxi, acerola e kiwi) pois auxiliam na absorção do ferro de alimentos de origem vegetal.

 

Última atualização: 10/07/2019
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