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Antineoplásico/ Imunomodulador
MITOXANTRONA

Evomixan 20mg (frasco ampola 10mL)​

MEDICAMENTO DE ALTA VIGILÂNCIA (MAVi)


Posologia

Consultar os protocolos individuais por doença

POTENCIAL EMETOGÊNICO

  • Baixo (10 - 30%)

PRÉ-MEDICAÇÃO

  • Dexametasona 8 - 12 mg, VO ou IV, em cada dia do ciclo ou metoclopramida 10 - 20 mg, VO ou IV, a cada 6 horas.
  • Opcional: lorazepam 0,5 - 2 mg, VO, a cada 4 ou 6 horas, s/n, D1 a D4 e omeprazol ou ranitidina.
  • Monitorizar reações distônicas; usar difenidramina 25 - 50 mg, VO ou IV, a cada 4 - 6 horas para reações distônicas.

PREPARO/ADMINISTRAÇÃO

  • Diluição: 50 mL SF para injeção ou SG 5% para injeção.
  • Estabilidade: Após diluição, 48h TA.
  • Tempo de Infusão: IV rápido (5 - 15 min.) ou IV 1 - 4 horas.

POTENCIAL VESICANTE/IRRITANTE

  • Vesicante

 

Ajuste Renal
  • ​A segurança e a eficácia não têm sido bem estabelecidas.
  • Hemodiálise: não há necessidade de dose suplementar.
  • Diálise peritoneal: não há necessidade de dose suplementar.
  • Idoso: use com cautela, pacientes idosos têm o clearance diminuído
Alerta

SINÔNIMOS

  • MTZ

INDICAÇÕES

  • Tratamento do câncer de mama, câncer de próstata, leucemia mieloide aguda, esclerose múltipla.

REAÇÕES ADVERSAS

> 10%

  • Cardiovasculares: edema, arritmia, função cardíaca alterada, alteração de ECG;
  • SNC: febre, dor, fadiga, cefaleia;
  • Dermatológicas: alopecia, prurido, petéquias/equimoses;
  • Endócrinas e metabólicas: alteração menstrual, amenorreia, hiperglicemia;
  • Gastrointestinais: náusea, vômito, diarreia, mucosite, estomatite, anorexia, perda/ganho de peso, constipação, hemorragias gastrointestinais, dor abdominal, dispepsia;
  • Genitourinária: infecção do trato urinário, alteração da urina;
  • Hematológicas: anemia/redução da hemoglobina, leucopenia, neutropenia, trombocitopenia,linfopenia, neutropenia febril;
  • Hepáticas: aumento de transaminases, aumento da fosfatase alcalina, aumento de GGT;
  • Renais: aumento da creatinina, hematúria, aumento de BUN;
  • Respiratórias: infecção do trato respiratório superior, faringite, dispneia, tosse;
  • Miscelânea: infecção, sepsis, infecção fúngica.

1 a 10%

  • Cardiovasculares: CHF, isquemia, aumento de LVEF, hipertensão;
  • SNC: calafrio, ansiedade, depressão, convulsão;
  • Dermatológicas: micose cutânea, infecção de pele;
  • Endócrinas e metabólicas: hipocalcemia, hipocalemia, hiponatremia, menorragia;
  • Gastrointestinais: aftose;
  • Hematológicas: granulocitopenia, hemorragia;
  • Hepáticas: icterícia;
  • Neuromusculares e esqueléticas: dor nas costas, mialgia, artralgia;
  • Oculares: conjuntivite, visão turva;
  • Renais: insuficiência renal, proteinúria;
  • Respiratórias: rinite, pneumonia, sinusite;
  • Miscelânea: infecção sistêmica, diaforese, desenvolvimento de leucemia secundária.

< 1% ou de frequência não definida

  • Reações alérgicas, reações anafiláticas, anafilaxia, dor toráxica, desidratação, extrava-samento no local da injeção, pneumonia intersticial, hiperuricemia, hipotensão arterial, flebite no local da perfusão, erupção cutânea, descoloração da esclera, taquicardia, alteração da cor da urina, urticária.

INTERAÇÕES MEDICAMENTOSAS

  • Evitar o uso concomitante da mitoxantrona com natalizumabe, vacinas (vivos).
  • Mitoxantrona pode aumentar os níveis/efeitos da leflunomida, natalizumabe, vacinas (vivos).
  • Os níveis/efeitos da mitoxantrona podem ser aumentados por trastuzumabe.
  • Mitoxantrona pode reduzir os níveis/efeitos das vacinas (inativadas/vivos).
  • Os níveis/efeitos da mitoxantrona podem ser reduzidos por equinácea.

AJUSTE DA DOSE EM INSUFICIÊNCIA HEPÁTICA

  • Os pacientes com insuficiência hepática MS não devem receber mitoxantrona.
  • Não existe nenhuma recomendação oficial para ajuste de dose estabelecida.
  • Pacientes com disfunção hepática severa (bilirrubina > 3,4 mg/dL) tem um AUC 3 vezes maior do que pacientes com função hepática normal.

MONITORIZAÇÃO

  • Hemograma com diferencial, nível sérico de ácido úrico (tratamento para a leucemia), provas de função hepática; para o tratamento de esclerose múltipla, obtenha o teste de gravidez, monitorizar o local da injeção para o extravasamento.

Nota: na monitorização cardíaca, antes da iniciação, avaliar todos os pacientes cardíacos relacionados com sinais/sintomas, incluindo história, exame físico e ECG. Avaliar linha base e fração de ejeção periódica do ventrículo esquerdo (FEVE) com ecocardiograma ou cintilografia das câmaras cardíacas (MUGA) ou ressonância magnética. Nos pacientes com esclerose múltipla (EM) para avaliar os sinais cardíacos/sintomas (por história, exame físico e ECG) e avaliar a FEVE (utilizando o mesmo método como base FEVE) antes de cada dose e se os sinais/sintomas de IC desenvolverem. Pacientes com EM devem ser submetidos à avaliação da FEVE após o término da terapia para controlar cardiotoxicidade retardada.

CONDUTA NUTRICIONAL

  • Mucosite ou estomatite: evitar os alimentos ácidos, picantes, crocantes, duros, cortantes ou que possam machucar a mucosa; preferir alimentos macios e, se houver necessidade de alteração na consistência, utilizar alimentos pastosos ou líquidos. Não consumir alimentos em temperaturas extremas (muito quente ou muito fria) e bebidas com gás ou alcoólicas. Se necessário, incluir complemento nutricional hipercalórico e hiperprotéico.
  • Diarreia: evitar consumir leites e derivados, frutas e sucos de frutas laxativas, alimentos que contenham grãos ou farinhas integrais, leguminosas e verduras (como: brócolis, couve-flor, couve, alface). Estimular a ingestão de líquidos para evitar a desidratação.
  • Anorexia ou perda de peso: ingerir alimentos conforme aceitação, em pequenas quantidades (2/2 horas ou 3/3 horas); fracionar as refeições em 4 a 6 vezes ao dia. Elaborar preparações coloridas e variadas, e incluir novos alimentos no cardápio. Consumir alimentos calóricos e, se necessário, utilizar complemento nutricional hipercalórico e hiperprotéico.
  • Náuseas e vômitos: evitar consumir líquidos durante as refeições; não ficar próximo da área do preparo de alimentos; preferir alimentos gelados e/ou em temperatura ambiente e de fácil digestão; ingerir líquidos em pequena quantidade, várias vezes por dia (atenção à hidratação).
  • Constipação/obstipação: consumir alimentos ricos em fibras como: frutas frescas, frutas secas, produtos integrais, leguminosas e hortaliças; ingerir líquidos adequadamente nos intervalos das refeições para auxiliar no funcionamento intestinal.
  • Ganho de peso: realizar refeições equilibradas e saudáveis em ambiente tranquilo, sem pressa, mastigando bem os alimentos. Evitar frituras, alimentos ricos em gorduras, ricos em açúcar e sal. Preferir alimentos cozidos, assados e grelhados. Consumir hortaliças e frutas diariamente e não esquecer que as dietas deverão ser individualizadas.
  • Neutropenia: redobrar a atenção à higienização e no preparo dos alimentos para evitar infecções; lavar frutas e hortaliças em água corrente e colocá-las em imersão em solução desinfetante com hipoclorito; evitar alimentos mal cozidos ou mal passados. Em alguns casos será necessário restringir alimentos crus (consultar seu médico e/ou nutricionista).
  • Anemia: aumentar o consumo de alimentos de origem animal, fontes de ferro como: carnes bovinas, aves, peixes e fígado de boi ou de galinha. Ingerir também alimentos vegetais, fontes de ferro como: leguminosas, frutas secas, vegetais de cor verde escuro. Evitar consumir, ao mesmo momento, outros alimentos que prejudiquem a absorção de ferro, como por exemplo: chá preto, café, farelo de trigo, chocolate e alimentos ricos em cálcio (leite e derivados). Consumir alimentos ricos em vitamina C (laranja, limão, abacaxi, acerola e kiwi) pois auxiliam na absorção do ferro de alimentos de origem vegetal.
Última atualização: 24/08/2024
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