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Antineoplásico/ Imunomodulador/ Antimicrobiano
BLEOMICINA

Bonar 15UI frasco ampola​

Cinaleo 15UI frasco ampola 

MEDICAMENTO DE ALTA VIGILÂNCIA (MAVi)

Posologia

Consultar os protocolos individuais por doença

PRÉ- MEDICAÇÃO

Pode ser incorporado ao esquema de Baixo Potencial, se necessário:

  • Dexametasona 8 - 12 mg, VO ou IV, em cada dia do ciclo ou metoclopramida 10 - 20 mg, VO ou IV, a cada 6 horas.
  • Opcional: lorazepam 0,5 - 2 mg, VO, a cada 4 ou 6 horas, s/n, D1 a D4 e omeprazol ou ranitidina.
  • Monitorizar reações distônicas; usar difenidramina 25 - 50 mg, VO ou IV, a cada 4 - 6 horas para reações distônicas.

PREPARO/ADMINISTRAÇÃO

  • Reconstituição: reconstituir cada frasco com 1 - 5 mL de água bacteriostática para injeção ou SF bacteriostático.
  • Diluição: para administração IU padrão, diluir a dose em 50 - 1.000 mL de SF.
  • Para administração intrapleural, diluir 60 unidades em 50 - 100 mL de SF.
  • Estabilidade: após reconstituição é de 28 dias TA ou 2 - 8ºC.
  • Tempo de infusão: deve ser administrada lentamente ao longo de um período de 10 minutos (recomendação fabricante). No caso de administração intrapleural, geralmente não é necessário o uso de anestésicos tópicos ou de analgésicos narcóticos. A administração IM e SC pode causar dor no local da injeção.

POTENCIAL VESICANTE/IRRITANTE

  • Pode ser irritante
Ajuste Renal
  • ​Administrar 75% da dose usual quando Clcr estiver entre 10 - 50 mL/min.
  • Administrar 50% da dose usual quando Clcr < 10 mL/min.
Alerta

SINÔNIMOS

  • Sulfato de Bleomicina, Bleo, BLM

INDICAÇÕES

  • Tratamento de carcinomas de célula escamosa, melanomas, sarcomas, carcinoma de testículo, linfoma de Hodgkin e linfoma não-Hodgkin; agente esclerosante para o derrame pleural

POTENCIAL EMETOGÊNICO

  • Mínimo (<10%)

REAÇÕES ADVERSAS

> 10%

  • Dermatológicas: dor no local do tumor, flebite, eritema, rash cutâneo, estrias, enduração, hiperqueratose, vesiculação e descamação da pele, particularmente nas palmas das mãos e plantas dos pés. Também pode ocorrer hiperpigmentação, alopecia e alterações do leito ungueal. Parece que esses efeitos estão relacionados à dose e são reversíveis com a interrupção do medicamento.
  • Gastrointestinais: estomatite e mucosite, anorexia, perda de peso;
  • Respiratórias: taquipneia, estertores, pneumonite intersticial aguda ou crônica e fibrose pulmonar; hipóxia e morte. Os sintomas incluem tosse, dispneia e infiltrados pulmonares bilaterais. A patogenia não está esclarecida, mas pode ser devida à lesão dos tecidos vascular e conjuntivo pulmonar. A resposta à terapia com esteroide é variável e controverso;
  • Miscelânea: reações febris agudas. 

1 a 10%

  • Dermatológicas: escleroderma difuso, espessamento da pele, onicólise, prurido.
  • Miscelânea: reações anafilactoides caracterizadas por hipotensão arterial, confusão mental, febre, calafrios e sibilos; o início pode ser imediato ou retardado por várias horas; reações idiossincrásicas.

< 1% (limitadas a reações importantes ou potencialmente letais)

  • Alterações cutâneas similares ao escleroderma, angioedema, arterire cerebral, AVC, fenômeno de Raynaud, hepatotoxicidade, infarto do miocárdio, mal-estar, microangiopatia trombótica, náusea, toxicidade renal, vômito; mielossupressão (rara): Início: 7 dias, Nadir: 14 dias, Recuperação: 21 dias.
  • Dose de teste para pacientes com linfoma: IM, IV, SC: em razão da possibilidade de reação anafilactoide, ≤ 2 unidades de bleomicina para as 2 primeiras doses; monitorizar os sinais vitais a cada 15 minutos; aguardar pelo menos 1 hora antes de administrar o restante da dose; quando não ocorrer reação aguda, a administração regular pode então ser realizada.

Nota: as doses de teste podem produzir resultados falso-negativos.

INTERAÇÕES MEDICAMENTOSAS

  • A bleomicina pode aumentar os níveis e efeitos de leflunomida, natalizumabe e vacinas (vírus vivos). Os níveis e efeitos da bleomicina podem ser aumentados por gencitabina e trastuzumabe. A bleomicina pode reduzir os níveis e efeitos de glicosídeos cardíacos, e vacinas (BCG, vírus inativados e vírus vivos).
  • Os níveis e efeitos da bleomicina podem ser reduzidos por equinácea.

MONITORIZAÇÃO

  • Inicialmente, provas de função pulmonar (volume pulmonar total, capacidade vital forçada, difusão de monóxido de carbono), função renal, função hepática, radiografia de tórax e temperatura; checar o peso corporal em intervalos regulares.

CONDUTA NUTRICIONAL

  • Mucosite ou estomatite: evitar os alimentos ácidos, picantes, crocantes, duros, cortantes ou que possam machucar a mucosa; preferir alimentos macios e, se houver necessidade de alteração na consistência, utilizar alimentos pastosos ou líquidos. Não consumir alimentos em temperaturas extremas (muito quente ou muito fria) e bebidas com gás ou alcoólicas. Se necessário, incluir complemento nutricional hipercalórico e hiperprotéico.
  • Anorexia ou perda de peso: ingerir alimentos conforme aceitação, em pequenas quantidades (2/2 horas ou 3/3 horas); fracionar as refeições em 4 a 6 vezes ao dia. Elaborar preparações coloridas e variadas, e incluir novos alimentos no cardápio. Consumir alimentos calóricos e, se necessário, utilizar complemento nutricional hipercalórico e hiperprotéico.

 

Última atualização: 24/08/2024
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