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Antineoplásico/ Imunomodulador
FLUDARABINA

Fludalibbs 50mg (frasco ampola 2mL)

MEDICAMENTO DE ALTA VIGILÂNCIA (MAVi)

Posologia

Consultar os protocolos individuais por doença

POTENCIAL EMETOGÊNICO/PRÉ-MEDICAÇÃO

Mínimo (< 10%). Pode ser incorporado ao esquema de Baixo Potencial, se necessário:

  • Dexametasona 8 - 12 mg, VO ou IV, em cada dia do ciclo ou metoclopramida 10 - 20 mg, VO ou IV, a cada 6 horas.
  • Opcional: lorazepam 0,5 - 2 mg, VO, a cada 4 ou 6 horas, s/n, D1 a D4 e omeprazol ou ranitidina.
  • Monitorizar reações distônicas; usar difenidramina 25 - 50mg, VO ou IV, a cada 4 - 6 horas para reações distônicas.

PREPARO/ADMINISTRAÇÃO

  • Reconstituição: Agua para injeção na concentração recomendada de 25 mg/mL. Frasco de 50 mg em 2mL.
  • Diluição: 100 ou 125 mL de SF ou SG 5%.
  • Estabilidade após reconstituição:  8 horas, TA.
  • Estabilidade após diluição: SF ou SG 5% é estável por 48 horas TA ou 2 - 8ºC.
  • Tempo de Infusão: 15 - 30 minutos.

Potencial vesicante/irritante

  • não consta.
Ajuste Renal

Em adultos

  •  Administrar 80% da dose no caso de Clcr 30 - 70 mL/minuto.
  • Se Clcr<30 mL/minuto, administrar a metade da dose para VO e evitar o uso IV.

O protocolo canadense sugere a administração da metade da dose caso Clcr 30 - 70 mL/minuto e contraindicação quando Clcr <30 mL/minuto.

Clinicamente, pode-se adotar os seguintes protocolos:

Aronoff, 2007:

Crianças:

  • Clcr 30 - 50 mL/minuto: administrar 80% da dose.
  • Clcr <30 mL/minuto: não recomendado.

Hemodiálise : administrar 25% da dose.

Diálise Peritoneal Contínua Ambulatorial(CAPD) : não recomendado.

Terapia de diálise continua e intermitente (CRRT): administrar 80% da dose.

Adultos:

  • Clcr 10 - 50 mL/minuto: administrar 75% da dose.
  • Clcr <10 mL/minuto: administrar 50% da dose.

Hemodiálise: administrar após a diálise.

Diálise Peritoneal Contínua Ambulatorial (CAPD): administrar 50% da dose.

Terapia de diálise continua e intermitente (CRRT): administrar 75% da dose.

Kintzel, 1995:

  • Clcr 46 - 60 mL/minuto: administrar 80% da dose.
  • Clcr 31 - 45 mL/minuto: administrar 75% da dose.
  • Clcr <30 mL/minuto: administrar 65% da dose.

 

 

Alerta

SINÔNIMOS

  • Fosfato de fludarabina.

INDICAÇÕES

  • Tratamento de pacientes com leucemia linfocítica crônica das células B (LLC); Linfoma não-Hodgkin (LNH).

REAÇÕES ADVERSAS

> 10%

  • Cardiovasculares: edema;
  • SNC: febre, fadiga, dor, calafrio;
  • Dermatológicas: rash cutâneo;
  • Gastrointestinais: náusea ou vômito, anorexia, sangramento gastrointestinal;
  • Genitourinário: infecção do trato urinário;
  • Hematológicas: mielossupressão, anemia, neutropenia, trombocitopenia;
  • Neuromusculares e esqueléticas: fraqueza, mialgia, parestesia;
  • Respiratórias: tosse, pneumonia, dispneia, infecção respiratória, rinite;
  • Miscelânea: infecção, diaforese.

1 a 10%

  • Cardiovasculares: edema periférico, angina, dor no peito, arritmias, acidente cerebrovascular, taquicardia supraventricular, trombose venosa profunda, flebites, aneurisma, ataque isquêmico transitório;
  • SNC: enxaqueca, mal-estar, síndrome cerebelar, depressão, comprometimento mental;
  • Dermatológicos: alopecia, pruridos, seborreia;
  • Endócrinos e metabólicos: hiperglicemia, aumento do LDH, desidratação;
  • Gastrointestinais: dor abdominal, estomatite, perda de peso, esofagite, constipação, mucosite, disfagia;
  • Genitourinário: disúria, hesitação;
  • Hematológicas: hemorragia, síndrome mielodisplásica/leucemia mieloide aguda;
  • Hepática: colelitíase, prova de função hepática anormal, falência do fígado;
  • Neuromusculares e esqueléticas: dor nas costas, osteoporose, artralgia;
  • Auditivo: perda da audição;
  • Renal: hematúria, falência renal, prova de função renal anormal, proteinúria;
  • Respiratória: bronquite, faringites, pneumonia alergia, hemoptise, sinusites, epistaxe, hipóxia;
  • Miscelâneas: síndrome semelhante à gripe, infecção por herpes simples, anafilaxia, síndrome da lise tumora.

< 1% (limitadas a reações importantes ou potencialmente letais; relatadas com o uso de um único agente ou com a terapia combinada, todos com ocorrência rara)

  • Síndrome da distrição respiratória aguda, agitação, cegueira, visão turva, fibrose da medula óssea, coma, confusão, diplopia, eosinofilia, vírus Epstein-Barr(EBV) associado à linfoproliferação, reativação da EBV, eritema multiforme, síndrome de Evans, dor nos flancos, anemia hemolítica (autoimune), hemofilia (adquirida), cistite hemorrágica, reativação do herpes zoster, hipercalemia, hiperfosfatemia, hiperuricemia, hipocalemia, pneumonite intersticial, acidose metabólica, infecção oportunista, neurite óptica, neuropatia óptica, enzima pancreática anormal, pancitopenia, efusão pericárdica, neuropatia periférica, fotofobia, leucoencefalopatia multifocal progressiva (Lemp), fibrose pulmonar, hemorragia pulmonar, infiltração pulmonar, aflição respiratória, falência respiratória, câncer de pele, síndrome de Stevens-Johnson, trombocitopenia, trombocitopenia púrpura. Também observado síndrome neurológica caracterizada por cegueira cortical, coma e paralisia.

INTERAÇÕES MEDICAMENTOSAS

  • BCG: Imunossupressores podem diminuir o efeito terapêutico da BCG. Risco X: evitar combinação.
  • Equinácea: Pode diminuir o efeito terapêutico dos imunossupressores. Risco D: Considerar modificação da terapia.
  • Imatinibe: Pode diminuir o efeito de mielossupressão da fludarabina. Imatinibe pode diminuir a concentração sérica da fludarabina. Mais especificamente, imatinibe pode diminuir a formação do metabólito ativo da fludarabina, o F-ara- ATP. Conduta: diante do risco de comprometimento de resposta da fludarabina, considerar descontinuar a terapia com imatinibe por, pelo menos, 5 dias de antecedência para iniciar a terapia de condicionamento com fludarabina em pacientes com LMC que farão o transplante de células progenitoras hematopoéticas (TCPH). Risco D: considerar modificação da terapia.
  • Leflunomida: imunossupressores podem aumentar o efeito adverso/tóxico da leflunomida. Especificamente, o risco para toxicidade hematológica como, por exemplo a pancitopenia, agranulocitose, e/ou trombocitopenia pode ser aumentada. Considerar não usar dose de ataque de leflunomida em pacientes recebendo outros imunossupressores. Pacientes recebendo a leflunomida e outro imunossupressor, é preciso monitorizar a supressão da medula óssea por pelo menos 1 vez ao mês. Risco D: Considerar modificação da terapia.
  • Natalizumabe: imunossupressores podem aumentar o efeito adverso/tóxico da natalizumabe. Especificamente, o risco de infecção pode ser aumentada. Risco X: evitar combinação.
  • Pentostatin: pode aumentar o efeito adverso/tóxico do pentostatin. O pentostatin pode aumentar o efeito adverso/tóxico da fludarabina. Toxicidade pulmonar é uma preocupação específica. Risco X: evitar combinação.
  • Trastuzumabe: pode aumentar o efeito neutropênico do imunossupressor. Risco C Monitorar a terapia.
  • Vacinas (inativadas): imunossupressores podem diminuir o efeito terapêutico das Vacinas (inativadas). Risco C: Monitorizar a terapia.
  • Vacinas (viva): Imunossupressores podem aumentar o efeito adverso/tóxico das vacinas (viva). Pode desenvolver infecção por vacina. Imunossupressor pode diminuir o efeito da vacina (viva). Evitar o uso do vírus da vacina viva com imunossupressor; vacina vivo atenuado não deve ser dado por, pelo menos, 3 meses após o imunossupressor. Risco X: evitar a combinação.

AJUSTE DE DOSE NA TOXICIDADE

  • Toxicidade hematológica ou não hematológica (outros, sem ser por neurotoxicidade) considerar adiamento do tratamento ou redução da dosagem.
  • Hemólise: Descontinuar o tratamento.
  • Neurotoxicidade: Considerar adiamento do tratamento ou descontinuar.

MONITORIZAÇÃO

  • Contagem total sanguínea com diferencial e contagem de plaquetas, AST, ALT, creatina sérica, albumina sérica e ácido úrico.

CONDUTA NUTRICIONAL

  • Náuseas e vômitos: evitar consumir líquidos durante as refeições; não ficar próximo da área do preparo de alimentos; preferir alimentos gelados e/ou em temperatura ambiente e de fácil digestão; ingerir líquidos em pequena quantidade, várias vezes por dia (atenção à hidratação).
  • Anorexia ou perda de peso: ingerir alimentos conforme aceitação, em pequenas quantidades (2/2 horas ou 3/3 horas); fracionar as refeições em 4 a 6 vezes ao dia. Elaborar preparações coloridas e variadas, e incluir novos alimentos no cardápio. Consumir alimentos calóricos e, se necessário, utilizar complemento nutricional hipercalórico e hiperprotéico.
  • Neutropenia: redobrar a atenção à higienização e no preparo dos alimentos para evitar infecções; lavar frutas e hortaliças em água corrente e colocá-las em imersão em solução desinfetante com hipoclorito; evitar alimentos mal cozidos ou mal passados. Em alguns casos será necessário restringir alimentos crus (consultar seu médico e/ou nutricionista).
  • Anemia: aumentar o consumo de alimentos de origem animal, fontes de ferro como: carnes bovinas, aves, peixes e fígado de boi ou de galinha. Ingerir também alimentos vegetais, fontes de ferro como: leguminosas, frutas secas, vegetais de cor verde escuro. Evitar consumir, ao mesmo momento, outros alimentos que prejudiquem a absorção de ferro, como por exemplo: chá preto, café, farelo de trigo, chocolate e alimentos ricos em cálcio (leite e derivados). Consumir alimentos ricos em vitamina C (laranja, limão, abacaxi, acerola e kiwi) pois auxiliam na absorção do ferro de alimentos de origem vegetal.
Última atualização: 24/08/2024
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