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Antimicrobiano/ Aminoglicosídeo
AMICACINA

Sulfato de Amicacina 500mg injetável (ampola 2mL)

Posologia

Adultos:

Dose usual: 7,5mg/kg, IV ou IM, de 12/12h ou 5mg/kg de 8/8h

Crianças:

Dose usual: 15 a 20mg/kg/dia, IV ou IM, de 12/12h ou 8/8h

Dose máxima: 1,5g/dia 

Meningite bacteriana: Não deve ser utilizado como agente único para o tratamento de meningite bacteriana

Dose usual: 20 a 30 mg/kg/dia, IV,  de 8/8h

Neonatos:

amica dose.png 

Concentração sérica desejada: Pico (20 a 30mcg/mL)

                                                  Vale (<10mcg/mL)

Ajuste Renal

INSUFICIÊNCIA RENAL ADULTO


Ajuste da dose pelo ClCr      Dose em diálise    
Dose/ intervalo>5050 - 10<10<10 (anúria)Após HDDiária em DP
7,5mg/kg q12h
12h12-18h24-48h24-48h2,5-3,74mg/kg3-4mg/2L

Referência: Bula do medicamento


INSUFICIÊNCIA RENAL ADULTO se ALTAS DOSES e intervalo prolongado: IV:

Nota: Use com cautela em pacientes com CrCl <40 mL/minuto, embora doses altas em intervalos prolongados ainda possam ser consideradas, especialmente em pacientes com sepse/choque grave ou aqueles infectados com organismos gram-negativos multirresistentes.

Dose inicial: 15 a 20 mg/kg; até 30 mg/kg uma vez ao dia em pacientes gravemente enfermos. Doses subsequentes e frequência de administração devem ser determinadas com base no monitoramento terapêutico do medicamento. 

As seguintes recomendações podem servir como uma diretriz geral após a dose inicial:

CrCl ≥60 mL/minuto: Administrar a cada 24 horas; ajustar a dose e/ou intervalo com base nas concentrações séricas de amicacina.

CrCl 40 a <60 mL/minuto: Administrar a cada 36 horas; ajustar a dose e/ou intervalo com base nas concentrações séricas de amicacina.

CrCl 20 a <40 mL/minuto: Administrar a cada 48 horas; ajustar a dose e/ou intervalo com base nas concentrações séricas de amicacina.

CrCl <20 mL/minuto: Administrar a dose usual uma vez, então determinar a dose e o intervalo subsequentes com base nas concentrações séricas de amicacina. Alguns protocolos publicados recomendariam a dosagem convencional/tradicional nesses pacientes.

Referência: UpToDate


INSUFICIÊNCIA RENAL PEDIÁTRICA

Bebês, crianças e adolescentes: IM, IV:

AJUSTE RENAL BASEADO EM DOSES DE 5 a 7,5 mg/kg/dose a cada 8 horas
TFG >50 mL/minuto/1,73 m 2
Não é necessário ajuste
TFG 30 a 50 mL/minuto/1,73 m 2 
Administrar a cada 12 a 18 horas
TFG 10 a 29 mL/minuto/1,73 m 2 
Administrar a cada 18 a 24 horas
TFG <10 mL/minuto/1,73 m 2 
Administrar a cada 48 a 72 horas
Hemodiálise intermitente: 5 mg/kg/dose
Nova dose conforme indicado pelas concentrações séricas
Diálise peritoneal (DP): 5 mg/kg/dose
Nova dose conforme indicado pelas concentrações séricas
Terapia de substituição renal contínua (TRSC)
7,5 mg/kg/dose a cada 12 horas, monitorar concentrações séricas

Referência: UpToDate

Alerta

REAÇÕES ADVERSAS

  • Sistema nervoso: Neurotoxidade (incluindo espasmos musculares, dormência, convulsão, formigamento da pele), Febre medicamentosa, dor de cabeça, parestesia, tremor
  • Ótica: Ototoxidade auditiva, ototoxicidade vestibular
  • Renal: Nefrototoxidade
  • Respiratória: Paralisia respiratória
  • Cardiovascular: Hipotensão
  • Dermatólógica: Erupção cutânea
  • Endócrino e metabólico: Albuminúria, hipomagnesemia
  • Gastrointestinal: Diarreia associada a Clostridium difficile, náuseas, vômitos
  • Geniturinário: Azotemia, hematúria, oligúria, nefrose tóxica.
  • Hematológico e oncológico: Anemia, eosinofilia, leucocitúria
  • Hipersensibilidade: Reação medicamentosa com eosinofilia e sintomas sistêmicos
  • Neuromuscular e esquelético: Artralgia, estado de bloqueio neuromuscular

CONTRAINDICAÇÕES

  • Hipersensibilidade a qualquer componente da fórmula;
  • Pacientes com história de reações tóxicas graves ou hipersensibilidade a outros aminoglicosídeos devido à conhecida sensibilidade cruzada;
  • Bloqueio neuromuscular e paralisia respiratória após administração parenteral, instilação tópica (irrigações abdominais e ortopédicas, e no tratamento local do empiema) e após o uso oral de aminoglicosídeos;
  • Sulfato de amicacina contém metabissulfito de sódio, um sulfito que pode causar reações do tipo alérgico, inclusive sintomas anafiláticos em pessoas sensíveis, com risco de vida e episódios de asma de menor gravidade;
  • O tratamento deve ser interrompido caso haja aumento da azotemia ou diminuição progressiva da diurese.

ADERTÊNCIAS/PRECAUCÕES

  • Dose e frequência devem ser monitorados e modificados em casos de insuficiência renal;
  • O risco de ototoxidade induzida por aminoglicosídeos é maior em pacientes com disfunção renal. A surdez para frequências agudas normalmente ocorre primeiro e pode ser detectada somente pelo exames audiométricos.
  • Evitar o uso concomitante ou em série de outros agentes neurotóxicos ou nefrotóxicos sistêmicas ou orais e diuréticos potentes;
  • Clostridium difficile: Diarreia associada tem sido relatada e variou de diarreia ligeira a colite fatal; descontinuar o uso se for suspeito;
  • Precaução em doentes com miastenia gravis ou parkinsonismo; fraqueza muscular pode ser agravada.
  • Suspender o medicamento caso ocorram sinais de nefrotoxicidade ou ototoxicidade (tontura, vertigem, zumbido, ruídos nos ouvidos e perda auditiva).
  • Deve ser evitado o uso oral, tópico ou sistêmico concomitante ou subsequente de outros medicamentos neurotóxicas ou nefrotóxicas, particularmente a bacitracina, cisplatina, anfotericina B, cefaloridina, paromomicina, viomicina, polimixina B, colistina, vancomicina e outros aminoglicosídeos.
  • Quando a amicacina é administrada concomitantemente com medicamentos analgésicos ou que causam bloqueio neuromuscular, risco de causar bloqueio neuromuscular e paralisia respiratória. Caso ocorra bloqueio os sais de cálcio podem inverter esse fenômeno
  • O uso concomitante de antibióticos aminoglicosídeos e betalactâmicos (penicilinas ou cefalosporinas) pode resultar em uma inativação mútua significativa. 

INTERAÇÕES MEDICAMENTOSAS

  • Antibióticos neurotóxicos ou nefrotóxicos, por via tópica ou sistêmica, principalmente canamicina, gentamicina, netilmicina, tobramicina, neomicina, sisomicina, estreptomicina, cefaloridina, paromomicina, viomicina, polimixina B, colistina, vancomicina, bem como o uso de alguns diuréticos potentes, como furosemida, ácido etacrínico, mercuriais e manitol.
  • Medicamentos anestésicos ou que causam bloqueio neuromuscular, deverá ser levada em consideração a possibilidade de ocorrer bloqueio neuromuscular e paralisia respiratória.

MONITORIZAÇÃO

  • Monitorar o nível sérico em pacientes em choque e insuficiência renal ou tratamento com anti-inflamatórios associados.
  • Devem ser realizados exames de urina procurando níveis diminuídos da densidade da urina, aumento da excreção de proteína e a presença de cilindros e células.
  • Dosagens séricas de ureia e creatinina ou clearance de creatinina devem ser realizados periodicamente.
Última atualização: 17/02/2025
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