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Antineoplásico/ Imunossupressor
BUSSULFANO

Busilvex 6mg/mL ap 10mL

Posologia

​Consultar os protocolos individuais por doença

PRÉ-MEDICAÇÃO

  • D1: Ondansetrona 8 - 16 mg (máx. 32 mg/dia), IV, ou 16 – 24 mg, VO, ou palonosetrona 0,25 mg, IV, ou granisetrona 2 mg, VO ou 0,01 mg/kg (máx. 1mg), IV e dexametasona 12 mg, VO.
  • D2 e D3: Ondansentrona ou granisetrona (idem Posologia D1) ou dexametasona 8 mg, VO.
  • Opcional: aprepitanto 125 mg, VO, no D1 e 80 mg, VO no D2 e D3. Lorazepam 0,5 - 2 mg, VO, a cada 4 ou 6 horas, s/n, D1 a D4. Omeprazol ou ranitidina, VO.

PREPARO/ADMINISTRAÇÃO

  • Diluição: Diluir (utilizando os filtros de 5 micron fornecidos pelo fabricante) em SF ou em SG 5%. O volume de diluição deve ser 10 vezes o volume da injeção de bussulfano, garantindo que a concentração final de bussulfano seja de 0,5 mg/mL.
  • Estabilidade: Após diluição é de 8 horas TA ou 12 horas 2 - 8°C, com infusão concluída dentro de cada período.
  • Tempo de infusão: Administrar por 2 horas via cateter central.

POTENCIAL VESICANTE/IRRITANTE

  • Pode ser irritante
Ajuste Renal
  • ​Nenhuma recomendação especificada pelo fabricante
Alerta

INDICAÇÕES

  • Terapia combinada com ciclofosfamida, como regime condicionador antes do transplante de células progenitoras hematopoéticas alogênicas para a leucemia mieloide crônica.

POTENCIAL EMETOGÊNICO

  • Moderado (30 - 90%)

REAÇÕES ADVERSAS

> 10%

  • Cardiovasculares: taquicardia, hipertensão arterial, edema, trombose, dor torácica, vasodilatação, hipotensão arterial;
  • Dermatológicas: rash cutâneo, prurido, alopecia;
  • Endócrinas e metabólicas: hipomagnesemia, hiperglicemia, hipocalemia, hipocalcemia, hipofosfatemia;
  • Gastrointestinais: náusea, mucosite e estomatite, vômito, anorexia, diarreia, dor abdominal, dispepsia, constipação, xerostomia, distúrbio retal, repleção gástrica;
  • Hematológicas: mielossuppressão, neutropenia, trombocitopenia, linfopenia, anemia;
  • Hepáticas: hiperbilirrubinemia, aumento de ALT, doença veno-oclusiva, icterícia;
  • Locais: inflamação no local da injeção, dor no local da injeção;
  • Neuromusculares e esqueléticas: fraqueza, dorsalgia ou lombalgia, mialgia, artralgia;
  • Renais: aumento de creatinina, oligúria;
  • Respiratórias: rinite, distúrbio pulmonar, tosse, epistaxe, dispneia, pneumonia, faringite, soluço;
  • SNC: insônia, febre, ansiedade, cefaleia, calafrios, dor, tontura, depressão, confusão mental;
  • Miscelânea: infecção, reação alérgica.

1 a 10%

  • Cardiovasculares: arritmia, cardiomegalia, bloqueio cardíaco, derrame pericárdico, eletrocardiograma anormal, extra-sístoles ventriculares, fibrilação atrial, insuficiência cardíaca, tamponamento, hipervolemia;
  • Dermatológicas: rash cutâneo vesicular, rash cutâneo vesículo-bolhoso, alteração da cor da pele, rash cutâneo maculopapular, acne, dermatite esfoliativa, eritemanodoso;
  • Endócrinas e metabólicas: hiponatremia;
  • Gastrointestinais: ganho de peso, íleo paralítico, hematêmese, pancreatite;
  • Hematológicas: aumento do tempo de protrombina;
  • Hepáticas: hepatomegalia;
  • Renais: hematúria, disúria, cistite hemorrágica, aumento de BUN;
  • Respiratórias: asma, hemorragia alveolar, hiperventilação, derrame pleural, hemoptise, sinusite, atelectasia, hipóxia;
  • SNC: letargia, alucinações, agitação, crise convulsiva, delírio, encefalopatia, sonolência, hemorragia cerebral.

INTERAÇÕES MEDICAMENTOSAS

  • O bussulfano pode aumentar os níveis e efeitos de antagonistas da vitamina K, leflunomida, natalizumabe e vacinas (vírus vivos).
  • Os níveis e efeitos do bussulfano podem ser aumentados por agentes antifúngicos (derivados azólicos, sistêmicos), dasatinibe, inibidores fortes e moderados da CYP3A4, metronidazol, metronidazol sistêmico e trastuzumabe.
  • O bussulfano pode reduzir os níveis e efeitos de antagonistas da vitamina K e vacinas (BCG, vírus inativados e vírus vivos). Os níveis e efeitos do bussulfano podem ser reduzidos por deferasirox, equinácea, fitoterápicos indutores da CYP3A4, e indutores fortes da CYP3A4.
  • Evitar o uso de etanol devido à irritação GI. Fitoterápicos e suplementos nutricionais como a erva-de-são-joão podem diminuir os níveis do bussulfano.

MONITORIZAÇÃO

  • Hemograma completo com contagem diferencial e de plaquetas e provas de função hepática (avaliar transaminases, fosfatase alcalina e bilirrubinas diariamente por, no mínimo, 28 dias após o transplante).

CONDUTA NUTRICIONAL

  • Náuseas e vômitos: evitar consumir líquidos durante as refeições; não ficar próximo da área do preparo de alimentos; preferir alimentos gelados e/ou em temperatura ambiente e de fácil digestão; ingerir líquidos em pequena quantidade, várias vezes por dia (atenção à hidratação).
  • Mucosite ou estomatite: evitar os alimentos ácidos, picantes, crocantes, duros, cortantes ou que possam machucar a mucosa; preferir alimentos macios e, se houver necessidade de alteração na consistência, utilizar alimentos pastosos ou líquidos. Não consumir alimentos em temperaturas extremas (muito quente ou muito fria) e bebidas com gás ou alcoólicas. Se necessário, incluir complemento nutricional hipercalórico e hiperprotéico.
  • Anorexia ou perda de peso: ingerir alimentos conforme aceitação, em pequenas quantidades (2/2 horas ou 3/3 horas); fracionar as refeições em 4 a 6 vezes ao dia. Elaborar preparações coloridas e variadas, e incluir novos alimentos no cardápio. Consumir alimentos calóricos e, se necessário, utilizar complemento nutricional hipercalórico e hiperprotéico.
  • Diarreia: evitar consumir leites e derivados, frutas e sucos de frutas laxativas, alimentos que contenham grãos ou farinhas integrais, leguminosas e verduras (como: brócolis, couve-flor, couve, alface). Estimular a ingestão de líquidos para evitar a desidratação.
  • Constipação/obstipação: consumir alimentos ricos em fibras como: frutas frescas, frutas secas, produtos integrais, leguminosas e hortaliças; ingerir líquidos adequadamente nos intervalos das refeições para auxiliar no funcionamento intestinal.
  • Xerostomia: estimular o consumo de bebidas cítricas, de goma de mascar e balas de limão; líquidos às refeições e nos horários intermediários. Consumir preparações com molhos, caldos e sopas.
  • Neutropenia: redobrar a atenção à higienização e no preparo dos alimentos para evitar infecções; lavar frutas e hortaliças em água corrente e colocá-las em imersão em solução desinfetante com hipoclorito; evitar alimentos mal cozidos ou mal passados. Em alguns casos será necessário restringir alimentos crus (consultar seu médico e/ou nutricionista).
  • Anemia: aumentar o consumo de alimentos de origem animal, fontes de ferro como: carnes bovinas, aves, peixes e fígado de boi ou de galinha. Ingerir também alimentos vegetais, fontes de ferro como: leguminosas, frutas secas, vegetais de cor verde escuro. Evitar consumir, ao mesmo momento, outros alimentos que prejudiquem a absorção de ferro, como por exemplo: chá preto, café, farelo de trigo, chocolate e alimentos ricos em cálcio (leite e derivados). Consumir alimentos ricos em vitamina C (laranja, limão, abacaxi, acerola e kiwi) pois auxiliam na absorção do ferro de alimentos de origem vegetal.
Última atualização: 29/09/2016
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