Você está em: Manual Farmacêutico
Quero buscar por:
Digite a palavra:


OU

Selecione no índice alfabético:

Filtro por - Tipo: > Busca: M

Filtro por - Tipo: > Busca: M

Filtro por - Tipo: > Busca: M

Antineoplásico/ Imunomodulador
DOXORRUBICINA

Adriblastina RD 50mg injetável

MEDICAMENTO DE ALTA VIGILÂNCIA (MAVi)

Posologia

​Consultar os protocolos individuais por doença

POTENCIAL EMETOGÊNICO/ PRÉ-MEDICAÇÃO

Alto (> 90%, acima de 60 mg/m²):

  • Ondansetrona 8 - 16 mg (máx. 32 mg/dia), IV, ou 16 – 24 mg, VO, no D1 ou palonosetrona 0,25 mg, IV, no D1 ou granisetrona 2 mg, VO ou 0,01 mg/kg (máx. 1 mg), IV, D1.
  • Dexametasona 12 mg, IV ou VO, no D1 e dexametasona 8 mg, VO, no D2 a D4.
  • Aprepitanto 125mg, VO, no D1 e aprepitanto 80 mg, VO, no D2 e D3.
  • Opcional: lorazepam 0,5 - 2 mg, VO, a cada 4 ou 6 horas, s/n, D1 a D4 e omeprazol ou ranitidina.

Moderado (30 - 90%, entre 20 - 60 mg/m²):

  • D1: ondansetrona 8 - 16mg (máx. 32 mg/dia), IV, ou 16 – 24, VO, ou palonosetrona 0,25 mg, IV, ou granisetrona 2 mg, VO ou 0,01 mg/kg (máx. 1 mg), IV e dexametasona 12 mg, IV.
  • D2 e D3: ondansentrona ou granisetrona (idem Posologia D1) ou dexametasona 8 mg, VO.
  • Opcional: aprepitanto 125 mg, VO, no D1 e 80 mg, VO no D2 e D3. Lorazepam 0,5 - 2 mg, VO, a cada 4 ou 6 horas, s/n, D1 a D4. Omeprazol ou ranitidina, VO.

PREPARO/ADMINISTRAÇÃO

  • Reconstituição: SF na concentração de 2 mg/mL.
  • Diluição: 50 - 1.000 mL SF ou SG 5%.
  • Estabilidade: após reconstituição é de 7 dias TA ou 15 dias 2 - 8ºC, protegido da luz. Após diluição é estável por 48 horas TA, protegido da luz.
  • Tempo de Infusão: Em bôlus ao longo de, no mínimo, 3 - 5 minutos, ou infusão IV de 15 - 60 minutos, ou infusão contínua. É recomendada a infusão via cateter venoso central.
  • Infusões longas proteger da luz.

POTENCIAL VESICANTE/IRRITANTE

  • Vesicante.
Ajuste Renal
  • ​Em caso de hemodiálise, não há necessidade de dose suplementar
Alerta

REAÇÕES ADVERSAS

Frequência não definida.

  • Cardiovasculares: cardiotoxicidade aguda - alterações da onda ST-T, anormalidades eletrocardiográficas, bloqueio atrioventricular, bloqueio de ramo, bradicardia, extrassístoles (atriais ou ventriculares), taquiarritmia, taquicardia sinusal, taquicardia supraventricular, taquicardia ventricular, cardiotoxicidade retardada - ICC (manifestações incluem ascite, cardiomegalia, dispneia, edema, ritmo de galope, hepatomegalia, oligúria, derrame pleural, edema pulmonar, taquicardia), miocardite, pericardite, redução da fração de ejeção do ventrículo esquerdo;
  • Dermatológicas: alopecia, alteração da cor da saliva, do suor ou das lágrimas, fotossensibilidade, hipersensibilidade à radiação, prurido, rash cutâneo;
  • Endócrinas e metabólicas: amenorreia, desidratação, infertilidade (pode ser temporária), hiperuricemia;
  • Gastrointestinais: anorexia, diarreia, dor abdominal, mucosite, náusea, necrose de cólon, ulceração GI, vômito;
  • Geniturinárias: alteração da cor da urina;
  • Hematológicas: leucopenia e neutropenia; trombocitopenia e anemia;
  • Locais: inflamação cutânea no local da injeção, urticária;
  • Neuromusculares e esqueléticas: fraqueza;
  • SNC: mal-estar.

Relatos de caso e/ou após inserção no mercado:

  • Anafilaxia, aumento de bilirrubinas, aumento de transaminases, azoospermia, calafrios, ceratite, choque, coma (quando em combinação com cisplatina ou vincristina), comprometimento gonadal (crianças), conjuntivite, crises convulsivas (quando em combinação com cisplatina ou vincristina), deficiência do crescimento (pré-puberdade), febre, febre neutropênica, flebosclerose, hepatite, hiperpigmentação (unha, pele e mucosa oral), hipersensibilidade sistêmicas (inclusive urticária, prurido, angioedema, disfagia e dispneia), infecção, lacrimação, leucemia mielógena aguda secundária, neurotoxicidade periférica (com doxorrubicina intra-arterial), oligospermia, onicólise, pneumonite sensível à radiação (crianças), sepse, síndrome mielodisplásica, urticária.

INTERAÇÕES MEDICAMENTOSAS

  • Evitar uso concomitante de doxorrubicina com natalizumabe e vacinas de vírus vivos.
  • A doxorrubicina pode aumentar os níveis e efeitos de antagonistas da vitamina K, natalizumabe, substratos da CYP2B6, vacinas de vírus vivos e zidovudina.
  • Os níveis e efeitos da doxorrubicina podem ser aumentados por bevacizumabe, ciclosporina, darunavir, dasatinibe, derivados do teixo, inibidores fortes e moderados da CYP2D6 e CYP3A4, inibidores da glicoproteína P, sorafenibe e trastuzumabe.
  • A doxorrubicina pode reduzir os níveis e efeitos de antagonistas da vitamina K, estavudina, etexilato de dabigatrana, glicosídeos cardíacos, substratos da glicoproteína P, vacinas de vírus inativados e zidovudina.
  • Os níveis e efeitos da doxorrubicina podem ser reduzidos por alfapeginterferona 2b, deferasirox, equinácea, fitoterápicos indutores da CYP3A4, glicosídeos cardíacos, fármacos indutores fortes da CYP3A4 e indutores da glicoproteína P.
  •  Evitar uso de erva-de-são-joão devido à diminuição dos níveis de doxorrubicina.
  • Pacientes com tumores dependentes de estrogênio devem evitar uso de angélica chinesa e cimífuga.

AJUSTE DA DOSE EM INSUFICIÊNCIA HEPÁTICA

No caso de insuficiência hepática grave, o uso de doxorrubicina é contraindicado.

A bula aprovada pela FDA recomenda o ajuste de dose se:

  • Bilirrubina sérica for de 1, 2 - 3 mg/dL: administrar metade da dose.
  • Bilirrubina sérica for de 3, 1 - 5 mg/dL: administrar 25% da dose.

As seguintes diretivas foram utilizadas por alguns clínicos (Floyd, 2006):

  • Transaminases de 2 - 3 vezes o limite normal superior: administrar 75% da dose.
  • Transaminases acima de 3 vezes o limite normal superior ou bilirrubina sérica de 1, 2 - 3 mg/dl: administrar metade da dose.
  • Bilirrubina sérica de 3, 1 - 5 mg/dL: administrar 25% da dose.
  • Bilirrubina sérica > 5 mg/dL: não administrar.

AJUSTE DA DOSE NA TOXICIDADE

Os seguintes adiamentos e/ou reduções da dose foram utilizados:

  • Febre e/ou infecção neutropênica: considerar a redução para 75% da dose em ciclos subsequentes.
  • Contagem absoluta de neutrófilos < 1.000/mm³: postergar o tratamento até a contagem absoluta de neutrófilos ser reestabelecida, ≥ 1.000/mm³.
  • Plaquetas abaixo de 100.000/mm³: postergar o tratamento até as plaquetas serem reestabelecidas, ≥ 100.000/mm³.

MONITORIZAÇÃO

  • Hemograma completo com contagem diferencial e plaquetária,
  • Provas de função cardíaca e hepática.

CONDUTA NUTRICIONAL

  • Mucosite: evitar os alimentos ácidos, picantes, crocantes, duros, cortantes ou que possam machucar a mucosa; preferir alimentos macios e, se houver necessidade de alteração na consistência, utilizar alimentos pastosos ou líquidos.
  • Não consumir alimentos em temperaturas extremas (muito quente ou muito fria) e bebidas com gás ou alcoólicas. Se necessário, incluir complemento nutricional hipercalórico e hiperprotéico.
  • Diarreia: evitar consumir leites e derivados, frutas e sucos de frutas laxativas, alimentos que contenham grãos ou farinhas integrais, leguminosas e verduras (como: brócolis, couve-flor, couve, alface). Estimular a ingestão de líquidos para evitar a desidratação.
  • Anorexia: ingerir alimentos conforme aceitação, em pequenas quantidades (2/2 horas ou 3/3 horas); fracionar as refeições em 4 a 6 vezes ao dia. Elaborar preparações coloridas e variadas, e incluir novos alimentos no cardápio. Consumir alimentos calóricos e, se necessário, utilizar complemento nutricional hipercalórico e hiperprotéico.
  • Náuseas e vômitos: evitar consumir líquidos durante as refeições; não ficar próximo da área do preparo de alimentos; preferir alimentos gelados e/ou em temperatura ambiente e de fácil digestão; ingerir líquidos em pequena quantidade, várias vezes por dia (atenção à hidratação).
  • Neutropenia: redobrar a atenção à higienização e no preparo dos alimentos para evitar infecções; lavar frutas e hortaliças em água corrente e colocá-las em imersão em solução desinfetante com hipoclorito; evitar alimentos mal cozidos ou mal passados. Em alguns casos será necessário restringir alimentos crus (consultar seu médico e/ou nutricionista).
  • Anemia: aumentar o consumo de alimentos de origem animal, fontes de ferro como: carnes bovinas, aves, peixes e fígado de boi ou de galinha. Ingerir também alimentos vegetais, fontes de ferro como: leguminosas, frutas secas, vegetais de cor verde escuro. Evitar consumir, ao mesmo momento, outros alimentos que prejudiquem a absorção de ferro, como por exemplo: chá preto, café, farelo de trigo, chocolate e alimentos ricos em cálcio (leite e derivados). Consumir alimentos ricos em vitamina C (laranja, limão, abacaxi, acerola e kiwi) pois auxiliam na absorção do ferro de alimentos de origem vegetal.
Última atualização: 24/08/2024
© Todos os direitos reservados