Você está em: Manual Farmacêutico
Quero buscar por:
Digite a palavra:


OU

Selecione no índice alfabético:

Filtro por - Tipo: > Busca: M

Filtro por - Tipo: > Busca: M

Filtro por - Tipo: > Busca: M


Nenhum resultado encontrado
Antineoplásico/ Imunomodulador
CISPLATINA

​Fauldcispla 50mg (frasco ampola)

Fauldcispla 10 mg (frasco ampola)

MEDICAMENTO DE ALTA VIGILÂNCIA (MAVi)

Posologia

Consultar os protocolos individuais por doença

POTENCIAL EMETOGÊNICO/PRÉ-MEDICAÇÃO

Recomenda-se a hidratação pré-tratamento com 1 a 2 litros de líquidos antes da administração da cisplatina (ver administração).

Alto (> 90 %):

  • Ondansetrona 8 - 16 mg (máx. 32 mg/dia), IV, ou 16 – 24 mg, VO, no D1 ou palonosetrona 0,25 mg, IV, no D1 ou granisetrona 2 mg, VO ou 0,01 mg/kg (máx. 1 mg), IV, D1.
  • Dexametasona 12 mg, IV ou VO, no D1 e dexametasona 8 mg, VO, no D2 a D4.
  • Aprepitanto 125 mg, VO, no D1 e aprepitanto 80 mg, VO, no D2 e D3.
  • Opcional: lorazepam 0,5 - 2 mg, VO, a cada 4 ou 6 horas, s/n, D1 a D4 e omeprazol ou ranitidina.

PREPARO/ADMINISTRAÇÃO

  • A cisplatina interage com o alumínio formando um precipitado negro. Não utilizar agulhas, seringas, cateteres ou equipos de administração IV que contenham partes de alumínio que possam entrar em contato com o medicamento na sua preparação ou administração.
  • Diluição: Padrão IV: em 250 - 1000 mL de SF, SGF ou SG a 5% em cloreto de sódio a 0,45%. A solução para infusão deve ter concentração final de cloreto de sódio ≥ 0,2%.
  • Estabilidade: Diluições maiores até a concentração de 0,05 - 2 mg/mL: 72 horas 4 - 25°C.
  • Solução após o primeiro acesso ao frasco: 28 dias TA sob proteção contra a luz ou 7 dias TA sob luz fluorescente. Não refrigerar a solução com risco de formação de precipitado.
  • Tempo de infusão: A taxa de administração varia entre infusão de 15 - 120 minutos, infusão de 1 mg/min, infusão de 6 - 8 horas, infusão de 24 horas ou por protocolo. Em pacientes com ICC, taxa máxima de infusão deve ser de 1 mg/min.
  • Solução de hidratação:
    Os pacientes devem ser adequadamente hidratados antes e 24 horas após a administração de cisplatina para assegurar fluxo urinário adequado e minimizar a nefrotoxicidade.
    Infundir por um período de 2 - 4 horas antes do ciclo de tratamento. Devem ser mantidas hidratação e débito urinário adequados (acima de 100 mL/hora) por 24 horas após a administração. Recomenda-se que a hidratação continue após o tratamento com a administração de 2 litros de solução fisiológica a 0,9% para infusão IV ou solução glico-fisiológica por um período de 6 a 12 horas.

POTENCIAL VESICANTE/IRRITANTE

  • Para doses > 0,5 mg/mL, a droga é vesicante.
  • Para doses < 0,5 mg/mL, a droga é irritante.

 

Ajuste Renal

​O fabricante recomenda que ciclos repetidos da cisplatina não sejam utilizados até que a creatinina sérica seja < 1,5 mg/100 mL e/ou o BUN seja < 25 mg/100 mL. Não há diretiva aprovada pela FDA relativa ao ajuste da dose no comprometimento renal. As diretivas a seguir têm sido utilizadas por alguns clínicos:

Aronoff, 2007:

  • Clcr 10 - 50 mL/min: administrar 75% da dose.
  • Clcr < 10 mL/min: administrar metade da dose.
  • Hemodiálise: parcialmente eliminada pela hemodiálise, administrar metade da dose após a hemodiálise.
  • Diálise peritoneal ambulatorial contínua (DPAC): administrar metade da dose.

Terapia de substituição renal contínua: administrar 75% da dose.

Kintzel, 1995:

  • Clcr 46 - 60 mL/min: reduzir a dose em 25%.
  • Clcr 31 - 45 mL/min: reduzir a dose pela metade.
  • Clcr < 30 mL/min: considerar o uso de um medicamento alternativo.
Alerta

SINÔNIMOS

  • CDDP

INDICAÇÕES

  • Tratamento do câncer de bexiga, testículo, ovário, cabeça e pescoço

REAÇÕES ADVERSAS

> 10%

  • Auditivas: ototoxicidade (manifesta-se como perda da audição de alta frequência; a ototoxicidade é especialmente pronunciada em crianças);
  • Dermatológicas: alopecia leve;
  • Gastrointestinais: náusea e vômito;
  • Hematológicas: mielossupressão (leve com doses moderadas; leve a moderada com terapia de altas doses);
  • Leucócitos: leve;
  • Plaquetas: leve;
  • Hepáticas: aumento de enzimas hepáticas;
  • Renais: nefrotoxicidade (insuficiência renal aguda e crônica);
  • SNC: neurotoxicidade - (a neuropatia periférica depende da dose e da duração do tratamento).

1 a 10%

  • Gastrintestinais: diarreia;
  • Locais: irritação tissular.

< 1% (limitadas a reações importantes ou potencialmente letais)

  • Alopecia leve, anemia hemolítica, arritmias, aumento de enzimas hepáticas, bradicardia, cegueira cerebral, neurite óptica, papiledema, reação anafilática, turvamento da visão, úlceras bucais.

TMO

  • Endócrinas e metabólicas: hipocalemia, hipomagnesemia.
  • Gastrointestinais: altamente emetogênico.
  • Hematológicas: mielossupressão.
  • Renais: aumento da creatinina sérica, azotemia, insuficiência renal aguda.
  • SNC: neuropatia periférica e autônoma, ototoxicidade.
  • Miscelânea: dor passageira no local do tumor, distúrbios autoimunes passageiros.

INTERAÇÕES MEDICAMENTOSAS

  • A cisplatina pode aumentar os níveis e efeitos de antibióticos aminoglicosídeos, derivados do teixo, natalizumabe, topotecana, vacinas (vírus vivos) e vinorelbina.
  • Os níveis e efeitos da cisplatina podem ser aumentados por trastuzumabe.
  • A cisplatina pode reduzir os níveis e efeitos de vacinas (vírus inativados).
  • Os níveis e efeitos da cisplatina podem ser reduzidos por equinácea. Pacientes com tumores dependentes de estrogênios devem evitar uso de cimicífuga e angélica chinesa.
  • A cisplatina pode ter seu efeito nefrotóxico potencializado com antibióticos aminoglicosídeos. A administração concomitante e/ou sequencial de fármacos ototóxicos como antibiótico aminoglicosídeo ou diuréticos de alça pode potencializar a ototoxicidade, especialmente na presença de insuficiência renal. A cisplatina pode alterar o clearance da bleomicina e do metotrexato, aumentando suas toxicidades. A cisplatina pode diminuir as concentrações séricas de fenitoína. A cisplatina pode aumentar a concentração sanguínea de ácido úrico, portanto as doses de medicamentos antigotosos como alopurinol, colchicina, probenicida ou sulfimpirazona devem ser ajustadas.

MONITORIZAÇÃO

  • Função renal (creatinina sérica, BUN, Clcr), eletrólitos (particularmente magnésio, cálcio e potássio) antes e em até 48 horas após a terapia com cisplatina, audiografia (basal e antes de cada dose subsequente), exame neurológico (na terapia de altas doses), provas da função hepática periodicamente, hemograma completo com contagem diferencial e plaquetária, débito urinário, urinálise.

CONDUTA NUTRICIONAL

  • Náuseas e vômitos: evitar consumir líquidos durante as refeições; não ficar próximo da área do preparo de alimentos; preferir alimentos gelados e/ou em temperatura ambiente e de fácil digestão; ingerir líquidos em pequena quantidade, várias vezes por dia (atenção à hidratação).
Última atualização: 14/10/2024
© Todos os direitos reservados