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Antibioticoprofilaxia cirúrgica - Princípios gerais

Princípios gerais
Escolher o antibiótico correto de acordo com o sítio – seguindo protocolo institucional SBIBAE.
Escolher a dose correta. Alguns antibióticos requerem dose de acordo com o peso. Ex: (cefazolina 3g para peso > 120 Kg).
Não é necessário realizar a correção em casos de insuficiência renal ou hepática, tanto no intra quanto no pós operatório ja que poucas doses serão infundidas. Caso tenha dúvidas, entre em contato com a equipe médica do SCIH.
Iniciar a infusão na indução anestésica (beta-lactâmicos, exemplos: cefazolina, cefuroxima).
Exceção: glicopeptídeos (Ex. vancomicina) e quinolonas. A infusão deve ser iniciada de 90 a 120 minutos antes do procedimento e infundir em 1 hora, finalizando até 5 minutos antes da incisão.
Independente do antibiótico infundir na velocidade adequada todo o volume, entre 60 até 5 minutos antes da incisão cirúrgica.
Realizar o repique da dose do antibiótico de acordo com a meia vida ou se sangramentos maiores que 1,5 litros em adultos ou perda de 15 a 20% do volume sanguíneo em pediatria ou após saída de CEC, sempre o que vier antes. Doses adicionais de repique seguem o horário da última infusão e não o horário da dose de indução.
A dose do repique é igual à dose de indução.
O repique habitual de cefuroxima e cefazolina é em 4 horas. Em cirurgias com múltiplas incisões (Exemplo: coluna 360º, este intervalo pode ser abreviado para 3 horas com segurança). Atenção ao repique de cefoxitina que ocorre em 2 horas.
Prescrever o tempo de manutenção do antibiótico no pós operatório de acordo com o protocolo Institucional SBIBAE, se ele for necessário, contando a partir da dose da indução ou do repique se presente, sempre o que vier por último.
Não há evidências em literatura de que a manutenção de antibióticos no pós operatório unicamente pela presença de sondas e drenos diminua a taxa de infecção de sítio cirúrgico. Pelo contrário, antibióticos desnecessários contribuem com a resistência bacteriana e aumenta o risco para GECA  por Clostridioides difficile e lesão renal. 
Em caso de alergia grave a penicilinas e cefalosporinas (Histórico que envolve anafilaxia, angioedema, broncoespasmo, urticaria, necrólise epidérmica tóxica, Síndrome de Stevens-Johnson, Síndrome DRESS), realizar a substituição.
Infecções suspeita ou confirmadas – se presentes, usar regime de tratamento apropriado em vez de regime profilático para o procedimento, mas garantir que o regime de tratamento tenha atividade contra o(s) organismo(s) presentes no sítio operado e com maior probabilidade de causar infecção pós-operatória. Em caso de dúvidas, consulte o SCIH.
Do mesmo modo, cirurgias repetidas por complicações ou em pacientes com internação prolongada podem necessitar de antibiótico profilaxia individualizada para abranger patógenos resistentes, consulte sempre o SCIH.
Cirurgias laparoscópicas e robóticas seguem as mesmas premissas gerais.
Profilaxias via oral - oferecer até 2 horas antes do procedimento.
Atualização de esquema ou vacinação antitetânica em ferimentos de alto risco por punção ou corte. Consulte o item deste manual: "Profilaxia de tétano".
Esplenectomias: Para pacientes submetidos à esplenectomia eletiva, o ideal é que as vacinações sejam iniciadas aproximadamente 10 a 12 semanas antes da cirurgia, para que a série de vacinas recomendada possa ser concluída pelo menos 14 dias antes da esplenectomia. Se todas as séries de vacinas recomendadas não puderem ser concluídas neste período, as séries de vacinas poderão ser retomadas 14 dias após a esplenectomia para a maioria dos pacientes. Vacinação para germes capsulados - Streptococcus pneumoniae, Haemophilus tipo B e Neisseria meningitidis e vírus influenza.
Atenção - para algumas situações pode ser necessária a profilaxia clínica sequencial para prevenção de infecção em crianças com asplenia anatômica ou funcional secundária a anemia falciforme, talassemia e eventualmente outras situações com Amoxicilina ou Penicilina VO consultar equipe de Pediatria ou SCIH.
Ramais caso dúvidas:
SCIH HIAE Morumbi: 72616, 72646, 72647.
SCIH HMVSC: 72146.
SCIH HIAE Goiânia: 5486.
SCIH HOE: 81293, 81358.
SCIH M´Boi Mirim: 5832-2535, ramal 2535.


Última alteração: 04/10/2024

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